quando a cannabis se torna aliada no tratamento do câncer

Sem sombra de dúvidas, o diagnóstico de cancro chega uma vez que um furacão na vida de qualquer pessoa. A notícia não foi dissemelhante para a assistente social, Daiany Dias, 36 anos, que passou pelo cancro de pomo aos 32, em meio à pandemia (Covid-19), ou seja, um período já marcado por terror e incertezas.

O tratamento tradicional trouxe desafios severos, mas foi na cannabis medicinal que ela encontrou um refrigério inesperado. “Eu já tava passando pelo isolamento da pandemia, portanto tinha muitos momentos que sentia terror de morrer e, nessa quadra, fiquei sozinha com meu companheiro que foi indispensável nessa luta, nos apegamos a espiritualidade e acreditamos naquela força que a cannabis nos dava”, conta Daiany, que passou por 7 sessões de quimioterapia, 15 de radioterapia e duas cirurgias tudo pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A experiência dela reflete a veras de muitos pacientes oncológicos que buscam alternativas para mitigar os efeitos colaterais da quimioterapia, uma vez que enjoos, insônia e oscilações emocionais tais quais a depressão, tristeza profunda e melancolia.
“Durante as sessões de quimio eu pensei mesmo que ia morrer, porque é uma sensação muito potente, que parece que seu coração vai parar. Nos dias seguintes, eu tinha vômitos, mal-estar, suava muito, uma sensação horroroso. E aí a cannabis me ajudava nisso, a superar esse pós-quimioterapia”, detalhou a assistente social, que tomou altas doses de THC para conseguir dormir melhor.

Aliás, Daiany afirmou que a cannabis também a ajudou a mourejar com os sintomas de neurose periférica, um formigamento nas mãos típico da quimioterapia.
Cannabis uma vez que pedestal: muito estudo ainda pela frente

Porém, a visão da medicina tradicional sobre o uso da cannabis ainda gera debates. A anestesiologista Daniele Tondolo, perito em dor, pondera que, apesar dos avanços no entendimento dos efeitos terapêuticos da vegetal, seu uso ainda precisa de mais estudos e regulamentação. “A cannabis tem seu potencial terapêutico, mas não pode ser vista uma vez que uma panaceia. Precisamos de mais pesquisas robustas para entender seus reais benefícios e efeitos colaterais”, alerta a médica.
O tratamento contra o cancro de Daiany desenvolveu também uma depressão, que ela não conseguia suportar. “Não me reconhecia no espelho e tive uma crise psicótica muito grave”, disse Daiany que atualmente faz tratamento com uma psicóloga e milita em prol da cannabis medicinal e atingível a todos.
Cannabis x Cancro: qualidade de vida durante o tratamento
Apesar das divergências, o uso medicinal da cannabis ganha cada vez mais espaço e reconhecimento, principalmente uma vez que um coadjuvante no tratamento oncológico. “O que temos certeza é que a qualidade de vida do paciente deve ser prioridade. Se a cannabis auxilia nesse processo, devemos considerar sua inclusão nos protocolos médicos com responsabilidade e embasamento científico”, reforça Daniele Tondolo.

Enquanto o debate avança na comunidade científica, histórias uma vez que a de Daiany demonstram que a esperança pode estar também nas folhas de uma vegetal milenar, das quais potencial ainda está sendo revelado pela medicina moderna, mas que para ela, o poder da “trato” transcende a material. “A Santa Maria (cannabis) para mim, representa o poder feminino, de zelo, conforto uma vez que o acalento de uma mulher, mãe, portanto eu fui além da representatividade medicinal da vegetal, ela tem propriedades ancestrais que me apeguei para enfrentar os desafios que o cancro me deu”, finaliza.
Médica explica os efeitos da cannabis para controlar os efeitos dos sintomas do cancro. Veja o vídeo:
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