Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

por que o Brasil precisa avançar na regulamentação da cannabis medicinal

por que o Brasil precisa avançar na regulamentação da cannabis medicinal

Apesar do crescente interesse da comunidade científica e do setor farmacêutico na cannabis medicinal, a legislação atual ainda é considerada um entrave para o pleno desenvolvimento de pesquisas e negócios na espaço. Mas esse cenário pode estar prestes a mudar.

“Estamos perdendo tempo e oportunidades de inovar no setor farmacêutico”, alerta Marcelo Polacow Bisson, presidente do Recomendação Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP). Segundo ele, a revisão das leis que regulam o uso medicinal da cannabis pode furar caminhos até logo bloqueados. “A expectativa é que o país flexibilize o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao tema e, consequentemente, crie espaço para o desenvolvimento de empresas interessadas”, pontua.

Cannabis Medicinal: um solo fértil para a ciência

O Brasil tem tudo para se primar quando o tema é cannabis medicinal. As condições climáticas favorecem o cultivo e a expertise agrícola é inegável. O que falta? Uma legislação mais moderna e sensível às demandas da ciência e da saúde pública.

“Desde o plantio, que ainda não está regulamentado, estamos perdendo tempo”, reforça Bisson. A asseveração dele ecoa entre pesquisadores e profissionais da saúde que, há anos, lutam por condições legais que permitam não só a realização de estudos, mas também a produção de medicamentos derivados da vegetal em território pátrio.

Epilepsia refratária, dor crônica, náuseas decorrentes de tratamentos oncológicos… Esses são somente alguns dos quadros que já se beneficiam da cannabis medicinal ao volta do mundo. Com uma legislação mais permissiva, o Brasil não só poderia açodar suas pesquisas, uma vez que também prometer o aproximação mais seguro e conseguível à população.

Aliás, a regulamentação abre espaço para a geração de novos negócios, movimentando a economia e gerando empregos. “A flexibilização da legislação ajudará universidades e centros de pesquisa a desenvolver novas fórmulas e medicamentos, além de estimular a geração de empresas no setor”, pontua o presidente do CRF-SP.

O que o mundo tem a ensinar sobre a regulamentação da Cannabis Medicinal

Casos de sucesso não faltam. Canadá, Israel e diversos estados norte-americanos já colhem os frutos de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da cannabis medicinal. Nessas regiões, a regulamentação proporcionou não somente avanços científicos, mas também impacto positivo na economia e, simples, no bem-estar da população.

“O Brasil tem o potencial de ser um player importante no cenário internacional, mas precisamos de um envolvente legítimo mais favorável”, explica Bisson.

Apesar do otimismo, os desafios ainda são grandes. A regulamentação depende da aprovação de projetos de lei que esbarram em resistências políticas e culturais. Aliás, a atuação de órgãos reguladores uma vez que a ANVISA será fundamental para prometer a segurança e a eficiência dos produtos que chegarem ao mercado.

Um exemplo recente da mobilização por mudanças é a união entre o CRF-SP e um grupo de pesquisadores da Unicamp. Juntos, eles apresentaram à ANVISA um apelo pela ampliação do uso da cannabis medicinal no Brasil. A ação marca um passo importante na construção de uma ponte entre ciência, regulação e mercado.

Um porvir promissor para a saúde pública

Com uma legislação que favoreça a pesquisa e o empreendedorismo, o Brasil pode finalmente transformar seu potencial em verdade. “A revisão das leis não é só uma questão burocrática. É uma questão de saúde pública, de inovação e de zelo com a população”, conclui Marcelo Bisson.

Se as mudanças saírem do papel, o país poderá ocupar um lugar de destaque no planta da cannabis medicinal. E, mais do que isso, poderá oferecer novas possibilidades de tratamento a milhares de brasileiros que hoje enfrentam dificuldades de aproximação, burocracias e altos custos.
 

Source link

#por #Brasil #precisa #proceder #regulamentação #cannabis #medicinal

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *