Pesquisadores da UFRJ encontram o canabidiol, o principal ativo da maconha, em arbusto comum do Brasil

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Nem só de Cannabis sativa, nome científico da maconha, vivem os maconheiros e os pesquisadores que estudam a vegetal e seus efeitos. O canabidiol, o princípio ativo da vegetal proibida, foi encontrado em outro tipo de vegetal muito geral no Brasil, conhecida por Trema micrantha, cujas folhas são usadas no tratamento de erupções cutâneas, graças a seu efeito analgésico.

A plantinha cujos sinais são de parentesco direto com a Cannabis sativa é batizada popularmente, no Brasil, a depender do lugar onde é encontrada, com vários nomes. Eis alguns deles: Pau-Pólvora, Grandiúva, Crindiúva-pólvora, Periquiteira, Orindeúva.

Pesquisadores da UFRJ encontram o canabidiol, o principal ativo da maconha, em arbusto geral do Brasil/Foto: Reprodução

Além dos locais onde é encontrada, os nomes também variam de conformidade com o contexto em que é encontrada. Nativa da América do Sul, a vegetal é uma espécie de folhagens semi-caducifólias – definição de vegetação típica do Brasil, constituída por fanerófitos, uma vez que a fitologia labareda vegetalidade lenhosas com as gemas e brotos de desenvolvimento protegidos situados supra de 0,25 m do solo, subdivididos conforme as suas alturas médias. A vegetal floresce de janeiro a dezembro e é indiferente às condições físicas e de fertilidade do solo.

A pesquisa é da Universidade Federalista do Rio de Janeiro (UFRJ), cujos pesquisadores encontraram o canabidiol em uma vegetal que mais parece um arbusto qualquer do Brasil.

O canabidiol é um dos compostos ativos da cannabis e tem sido utilizado no tratamento de condições uma vez que epilepsia, dor crônica, sofreguidão e distúrbios neurodegenerativos.

Ao contrário do tetrahidrocanabinol (THC), que também está presente na vegetal da maconha e justificação efeitos psicoativos, o CBD não provoca euforia e tem despertado interesse crescente na medicina.

Na cultura popular, as folhas da Trema micrantha já são usadas no tratamento de erupções cutâneas por seu efeito analgésico. A pesquisa foi motivada por estudos internacionais que detectaram canabinoides em uma vegetal semelhante, a Trema orientale Blume, encontrada fora do Brasil.

De conformidade com o pesquisador Rodrigo Soares Moura Neto, o objetivo é aprofundar o conhecimento sobre a espécie brasileira, avaliando desde sua caracterização genética até os testes de toxicidade, além das propriedades antimicrobianas e antifúngicas.

Para ele, a proposta de identificar na flora brasileira alternativas legais para a produção de canabidiol e outros compostos bioativos com finalidade medicinal pode simbolizar a oportunidade de elaboração de tratamentos eficazes e de ordinário dispêndio.

“A flora brasileira é muito rica em substâncias bioativas, mas uma pequena fração delas é aproveitada para pesquisa. O desenvolvimento de tecnologias a partir de recursos naturais do país pode simbolizar um progresso significativo para a saúde e para a economia”, afirmou o pesquisador em expedido da UFRJ.

Embora os resultados ainda não tenham sido publicados, Moura Neto planeja proceder para a próxima tempo do estudo, que inclui testar os métodos mais eficientes de extração do CBD da Trema e calcular sua eficiência no tratamento de condições atualmente abordadas com cannabis medicinal. O projeto recebeu uma bolsa de R$ 500 milénio do governo brasílico e deve se desenvolver ao longo de, no mínimo, cinco anos.