Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

Perfil conservador não impede vereadores de aprovar por unanimidade distribuição de cannabis medicinal pelo SUS em Gravataí

Perfil conservador não impede vereadores de aprovar por unanimidade distribuição de cannabis medicinal pelo SUS em Gravataí

O perfil conservador dos vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028, e críticas desarrazoadas no Grande Tribunal das Redes Sociais, não impediram a aprovação por unanimidade do Projeto de Lei 13/2025, que institui o Programa Municipal de Uso de Cannabis para Fins Medicinais.

A proposta, que prevê a distribuição gratuita de medicamentos à base de cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), virou claro de debates acalorados nas redes sociais, dividindo opiniões entre esperança terapia e desinformação.

Da experiência pessoal à política pública

O responsável do projeto, o vereador Dilamar Soares (Podemos), baseou-se em sua própria jornada uma vez que paciente. Há dois anos, ele utiliza um medicamento com canabidiol (CBD) para controlar crises de impaciência, gastando R$ 280 a cada dois meses.

– Muitos não têm esse privilégio – afirma Dila.

O programa visa beneficiar famílias de baixa renda, exigindo récipe médica detalhada (com CID, posologia e justificativa) e comprovação de incapacidade financeira para arcar com o tratamento sem comprometer o sustento familiar.

Inspirado em modelos de Canadá e Israel, o projeto regulamenta o entrada a óleos, cápsulas e outros derivados da cannabis, todos isentos de efeitos psicoativos quando focados em CBD.

– Não é liberalização, mas regulação responsável – reforça o parlamentar, que já conta com esteio preparatório do prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) e da Secretaria Municipal de Saúde.

Redes sociais: entre a celebração e o estigma

Enquanto pacientes com epilepsia, autismo, esclerose múltipla e fibromialgia comemoram a iniciativa, secção dos internautas confundiu a proposta com a “liberação da maconha”. Publicações equivocadas associaram o projeto ao uso recreativo, levando a ataques pessoais a Dila, chamado de “maconheiro” por críticos.

A neurologista Mariana Costa, que trata pacientes com esclerose múltipla, esclarece: “A cannabis medicinal não é ‘fumar um fundamentado’. São medicamentos tão sérios quanto qualquer outro”.

Para combater a desinformação, especialistas destacam diferenças cruciais:

Regulação: A versão medicinal é produzida sob controle da Anvisa, sem contaminantes; a ilícita pode sofrear fungos e metais pesados.

Constituição: Medicamentos priorizam CBD (sem “barato”) e THC controlado; a maconha proibido tem THC saliente para fins recreativos.

Uso: Derivados medicinais são administrados em dosagens precisas (óleos, cápsulas), evitando riscos pulmonares.

Ciência, Constituição e a sombra da indústria

O projeto surge em um contexto de avanços legais. Desde 2015, o STF permite a importação de CBD, e em 2023 autorizou o cultivo rendeiro para fins medicinais. A Anvisa regulamentou a venda em farmácias em 2019. Dila, no entanto, critica a resistência da indústria farmacêutica.

– Prefere vender um Zolpidem custoso a quatro gotas de cannabis, mais barato e eficiente – critica.

Dilamar Soares é responsável do projeto que agora vai para sanção do prefeito Luiz Zaffalon

O horizonte: entre a esperança e o preconceito

Casos uma vez que o de um aluno autista da rede municipal, que se integrou à comunidade escolar posteriormente tratamento com cannabis, ilustram o potencial transformador da proposta.

– Isso melhora, salva vidas – afirma Dila, respaldado por décadas de pesquisas, uma vez que as do psiquiatra Antonio Waldo Zuardi (USP).

Enquanto famílias veem uma luz no termo do túnel, o debate reflete uma partilha social: de um lado, a ciência; de outro, estigmas arraigados.

– Há ignorância, mas a ciência fala mais tá. Estamos do lado manifesto da história – diz o vereador, que agradece “aos vereadores e ao prefeito e sua equipe por também entenderem a valia da cannabis para o tratamento de várias doenças”.

– Nós sentimos a dor das pessoas ao confirmar leste projeto – resume.

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