oportunidade sustentável ou limbo jurídico?

Em um momento crucial para o horizonte da cannabis no Brasil, com a iminente regulamentação do cultivo de cânhamo, uma discussão estratégica começa a lucrar força: o reaproveitamento dos resíduos da vegetal, gerados posteriormente a extração dos fitocanabinoides — os chamados bagaços ou tortas da vegetal.
Esses subprodutos, frequentemente descartados, possuem um potencial significativo tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. No entanto, enfrentam um grande tropeço, a falta de regulamentação.
“Estamos em um limbo jurídico”, alerta perito

“Esses resíduos ainda se encontram em uma espécie de ‘limbo jurídico’”, afirma Felipe Farias, presidente da Associação Reconstruir Cannabis Medicinal (ARCM), CEO da Liamba Comitiva P&D e fundador do Festival Delta9. Felipe será um dos palestrantes do módulo Agro e Tech Cannabis durante o 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal, que acontece entre os dias 22 e 24 de maio de 2025, no Expo Center Setentrião, em São Paulo.
Segundo ele, a atual Lei de Drogas (11.343/2006) não diferencia com transparência os resíduos pós-extração — que já perderam seu potencial psicoativo — dos materiais com altos teores de canabinoides. “Isso significa que tortas ou bagaços da cannabis são tratados com a mesma rigidez lícito que a vegetal in natureza”, explica.
Essa vazio na legislação acaba desestimulando o uso desses subprodutos, mesmo quando poderiam ser aplicados em alimento bicho, cosméticos, compostagem ou até na construção social.
O congresso e o horizonte da regulamentação
O tema será amplamente discutido no Congresso Brasílico da Cannabis Medicinal, que se consolida porquê o maior evento da América Latina sobre o tema. São esperados mais de 100 palestrantes nacionais e internacionais e murado de 1.200 participantes, incluindo profissionais da saúde, pesquisadores, empresários e representantes do poder público.
O Módulo Agro e Tech Cannabis, uma parceria entre a Sechat e a Embrapa, traz uma visão prática e estratégica sobre o cultivo da cannabis medicinal e do cânhamo industrial no Brasil. Com programação durante todo o segundo dia de evento (23), especialistas apresentaram tecnologias, modelos produtivos, desafios regulatórios e o enorme potencial agroindustrial da cannabis no país.
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O cânhamo e a novidade economia verdejante

Com a verosímil regulamentação do cultivo de cânhamo no Brasil, o aproveitamento integral da vegetal ganha novas perspectivas. Felipe Farias defende que o cânhamo pode ser uma instrumento estratégica para a cultura familiar e assentamentos rurais.
“É uma cultura de inferior impacto ambiental, com ciclo pequeno e que pode ser cultivada em diversos biomas, mormente no semiárido, uma região ainda subutilizada”, afirma.
Ele sugere que instituições porquê Dependência Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Lavra, Instituto Pátrio de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e Instituto Brasílico do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atuem de forma coordenada para liberar o uso dos resíduos em setores porquê cosméticos, fibras têxteis, ração bicho e regeneração de solo.
“Já temos iniciativas concretas, porquê a da própria ARCM e da Liamba Comitiva, que desenvolvem projetos em parceria com pesquisadores”, exemplifica.
Inovação no campo com maquinário
Felipe também destaca o progresso tecnológico na masmorra produtiva da cannabis. Um exemplo é a HERACAN, maquinário vernáculo desenvolvido em parceria com a Aço Brasil, que agiliza o desbaste e o processamento das fibras da vegetal.
“Esse tipo de equipamento facilita o dia a dia no campo, reduz o tempo de trabalho e aumenta a segurança do trabalhador rústico”, explica. Ele ressalta que tais inovações geram demanda por uma regulamentação mais manipresto e atualizada. “O que falta, muitas vezes, é o Estado escoltar o ritmo da sociedade social”, observa.
Sustentabilidade: mais valor por hectare
Felipe acredita que o aproveitamento integral da cannabis pode transformar a lógica econômica e ambiental do país. “Significa gerar mais valor por hectare, aumentar a renda por colheita e reduzir o impacto ambiental. Isso é fundamental para os pequenos produtores, tradicionalmente marginalizados.”
Um exemplo citado é um projeto da Universidade Federalista do Rio Grande do Setentrião (UFRN),que transforma resíduos da cannabis em tijolos sustentáveis — opção de moradia de inferior dispêndio para zonas rurais.
“A regulamentação inteligente e baseada em evidências é o caminho para destravar todo o potencial econômico e social da cannabis no Brasil.”, diz Daniel Jordão, diretor da Sechat.
Congresso porquê espaço de diálogo e soluções
Para Felipe, eventos porquê o Congresso Brasílico da Cannabis Medicinal são essenciais. “Eles conectam todos os elos da masmorra produtiva — da base ao topo, incluindo instituições reguladoras. É onde conseguimos usar dados, ciência e a experiência das associações para propor caminhos concretos”, afirma.
Ele defende que a discussão sobre o uso dos resíduos da cannabis seja feita de forma ampla, participativa e baseada em evidências. “O Brasil tem potencial real para se tornar um dos maiores produtores e exportadores de cannabis e cânhamo do mundo. Mas, para isso, precisamos de regulamentação justa, clara e inclusiva.”
Durante o congresso, os visitantes também poderão participar da Medical Cannabis Fair, feira paralela voltada à exposição de produtos, serviços e soluções tecnológicas do setor. A feira deve atrair profissionais da saúde, investidores, startups e empresas de biotecnologia.
“A Medical Cannabis Fair e o Congresso Brasílico da Cannabis Medicinal consolidam o Brasil porquê um dos polos mais relevantes na discussão global sobre o uso terapêutico e científico da cannabis.”, finaliza Daniel Jordão, diretor da Sechat.
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