Meta não liberou buscas por “cannabis” no Brasil
Circula que a Meta liberou buscas por “cannabis” no Brasil, mas a mudança vale só nos EUA. Entenda por que a exprobação segue nas redes brasileiras.
Mark Zuckerberg
Circula nas redes sociais a informação de que a Meta — dona do Instagram e do Facebook — teria liberado as buscas por termos uma vez que “cannabis” e “maconha” no Brasil. A mudança, segundo o que vem sendo divulgado, teria ocorrido posteriormente críticas sobre exprobação nas plataformas.
Mas essa informação não é verdadeira para o público brasílico.
A origem da notícia vem de um site dos Estados Unidos, o 420 Intel, que publicou que a Meta teria flexibilizado alguns filtros de procura para perfis, hashtags e conteúdos sobre cannabis. No entanto, a própria reportagem fala de uma mudança que vale somente no mercado norte-americano.
Um portal brasílico repercutiu a informação, mas sem esclarecer que essa atualização não se aplica ao Brasil.
O que mudou, de vestimenta?
Nos Estados Unidos, a Meta iniciou um processo para liberar buscas por termos relacionados à cannabis, depois de anos de bloqueios e restrições.
A decisão aconteceu posteriormente pressão de organizações, veículos e influenciadores que trabalham com ensino e informação sobre a vegetal — principalmente em estados onde a cannabis já é legalizada.
Porém, essa diferença se limita ao território norte-americano. Não vale para o Brasil nem para outros países.
Leia também: Mudanças no Meta impactam a cannabis nas redes sociais
No Brasil, a exprobação continua
A própria página solene da Meta for Business Brasil confirma que as políticas seguem alinhadas à legislação brasileira.
Nas diretrizes publicadas pela empresa, a Meta afirma que:
“Não permitimos a promoção, venda ou tentativa de venda de drogas, incluindo produtos de cannabis (independentemente da legislação sítio). Isso inclui produtos que contenham THC, CBD ou qualquer derivado da vegetal.”
Ou por outra, deixa simples que:
“Determinados termos relacionados à cannabis podem ser restritos nas ferramentas de procura, de entendimento com as leis locais.”
Na prática, isso significa que:
- As buscas por termos uma vez que “cannabis” e “maconha” seguem restritas no Brasil.
- Perfis, hashtags e conteúdos sobre o tema podem continuar invisíveis, bloqueados ou com alcance reduzido.
- A publicidade de qualquer resultado relacionado à vegetal, incluindo cânhamo, CBD ou cannabis medicinal, não é permitida no país.
Essas regras estão descritas na seção de políticas comerciais da Meta Brasil, disponível neste link.
Portanto, enquanto nos Estados Unidos a liberação ocorre em função do progressão das leis estaduais e federais sobre cannabis, no Brasil as restrições seguem vigentes, tanto do ponto de vista jurídico quanto nas diretrizes das redes sociais.
Isso não é novidade
A Cannalize acompanha de perto as mudanças nas diretrizes da Meta. Em textos anteriores, explicamos que:
- A Meta liberou publicidade de produtos derivados de cânhamo em julho de 2023, somente nos EUA, Canadá e México (leia cá).
- As restrições continuam valendo no Brasil, tanto para teor orgânico quanto para anúncios (entenda mais cá).
Leia também: Meta libera anúncios de cânhamo nos EUA, Canadá e México
Por que isso importa?
Quando um portal divulga uma informação internacional sem contextualizar as diferenças legais do Brasil, gera desinformação.
Isso cria falsas expectativas para pacientes, médicos, empresas e toda a comunidade que luta pela ensino sobre cannabis medicinal no país.
Por enquanto, a exprobação da Meta segue ativa no Brasil.
A Cannalize segue acompanhando o tema de perto e se compromete a informar qualquer mudança real que afete o público brasílico.
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