Mercado de cannabis medicinal avança no Brasil, mas enfrenta entraves financeiros e regulatórios

O mercado de cannabis medicinal no Brasil vive uma período de transformação. Em 2024, o setor movimentou R$ 853 milhões e atendeu 672 milénio pacientes em mais de 80% dos municípios brasileiros. Desses, 315 milénio utilizam produtos importados pela via da RDC 660 da Anvisa, 208 milénio fazem uso de medicamentos registrados segundo a RDC 327 e 147 milénio são atendidos por meio de associações.
Esse desenvolvimento ocorre em meio a avanços regulatórios e decisões judiciais que desenham um novo cenário institucional. O Supremo Tribunal Federalista (STF) definiu que o porte de até 40 gramas de maconha ou o cultivo de até seis vegetais fêmeas configura uso pessoal. Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu prazo até 19 de maio de 2025 para que a Anvisa e o Ministério da Saúde regulamentem o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais no país.

A fintech por trás das engrenagens do câmbio
É nesse contexto que surge a tributo de Fernanda Zago, CEO da WEpayments. A fintech atua no Brasil com soluções de pagamentos e câmbio para mercados regulados, conectando tecnologia própria, gestão de contas, e soluções de compliance — um diferencial estratégico para empresas de cannabis que dependem de importações.
“Uma vez que uma empresa que atua tanto no mercado pátrio quanto no suporte a operações de câmbio para importações, vemos nossa solução uma vez que um facilitador para ambos os cenários”, explica Fernanda. Ela afirma que a WEpayments está preparada para atender tanto quem permanece no protótipo importador quanto quem deseja transmigrar para a produção sítio. “Estamos prontos para apoiá-las nesse movimento, oferecendo ferramentas e expertise para tornar essa transição mais conseguível e menos onerosa.”
Regulação, estigma e o peso da burocracia
Na visão da CEO, o Brasil está num ponto de inflexão. “A revisão da RDC 327/2019 é um passo importante para o maduração do mercado de cannabis medicinal no Brasil.” Para ela, a novidade regulamentação amplia o chegada e atrai novos players. “Entretanto, ainda é necessário continuar mais, mormente na questão do cultivo pátrio.”
Zago destaca quatro obstáculos que ainda travam o progresso do setor: a proibição do cultivo, a burocracia nos processos de importação e registro, o estigma cultural e os custos que inibem a ingresso de pequenas e médias empresas. “Mesmo com o pedestal crescente da comunidade médica e científica, enfrentamos um estigma político e cultural que atrasa os avanços.”
Educar o sistema financeiro é fundamental
Fernanda acredita que a resistência de bancos ao setor é comparável àquela enfrentada por outras indústrias consideradas de risco no pretérito. “Muitos bancos e instituições financeiras ainda têm receio de operar com empresas desse segmento, mesmo sendo regulamentadas.” Segundo ela, o caminho está na construção de pontes. “A ensino do mercado financeiro sobre o potencial e as regulamentações dessa indústria será precípuo.”
Importar ainda pesa — mas a transição deve ser equilibrada
Um dos principais entraves operacionais do setor é a subordinação de importações. “Ela limita o desenvolvimento de uma enxovia produtiva sítio, que poderia fomentar inovação, pesquisa científica e a geração de empregos no Brasil.” Mas Zago pondera: a transmigração para um protótipo 100% pátrio deve respeitar estruturas já consolidadas.
“O ideal é fomentar a livre concorrência, permitindo que empresas escolham o protótipo que melhor se adapta às suas necessidades e estratégias.”
Capacitação médica é a base do consumo consciente
Fernanda vê na formação dos profissionais de saúde um pilar do setor. “A capacitação médica é um pilar fundamental para o desenvolvimento do mercado de cannabis medicinal.” Para ela, médicos muito informados aumentam a segurança do tratamento e ajudam a erigir uma base científica sólida. “Educar os médicos e produzir uma rede de distribuição é um dos maiores desafios para que a empresa possa debutar a impor ritmo na sua geração de demanda de consumo.”
Potencial de R$ 1 bilhão e um polo de inovação à vista
As projeções para o mercado brasiliano seguem em curva ascendente. “As projeções de movimentar R$ 1 bilhão até o final de 2025 refletem o potencial desse mercado.” Ela aponta três vetores de desenvolvimento: mais pacientes, progresso regulatório e interesse de investidores. “Se as regulamentações continuarem avançando, o Brasil pode se tornar um dos maiores mercados de cannabis medicinal da América Latina.”
Além da demanda interna, a executiva aposta no potencial produtivo do Brasil. “Se o setor for muito estruturado, pode se tornar um polo de inovação em cannabis medicinal, não unicamente para atender ao mercado interno, mas também para exportação.”
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