Especialista Antônio Andrade destaca potencial terapêutico da cannabis medicinal no tratamento de diabetes, obesidade e distúrbios neurológicos

Segunda-feira, 07/07/2025 – O neurologista Antônio Andrade abordou, durante o quadro “Alô, Doutor”, veiculado no programa “Geraldo e o Povo”, a emprego terapia da cannabis medicinal em tratamentos voltados para diabetes, obesidade e distúrbios neurológicos. Com base em artigos científicos internacionais, o perito defendeu a quebra de estigmas sobre o uso médico da vegetal, ressaltando a urgência de maior chegada à informação qualificada sobre o tema.
Segundo o médico, a vegetal Cannabis sativa possui 545 substâncias, das quais 120 são classificadas porquê fitocanabinoides, com destaque para o THC, CBD, CBN, CBG e CBV. Andrade explicou que, ao ser submetido à radiação ultravioleta (UV), o constituído THC passa por um processo de descarboxilação, tornando-se um modulador dos receptores canabinoides CB1, que atuam em áreas cerebrais porquê o hipocampo.
“Essa modulação dos receptores CB1 proporciona efeitos importantes sobre a glicemia, o controle de lipídios e a regulação do gosto”, afirmou o neurologista.
Aplicações terapêuticas e orientações clínicas
O médico observou que pacientes com diabetes e obesidade são grupos que podem se beneficiar com o uso controlado da cannabis medicinal. No entanto, enfatizou que a posologia é individualizada e que a receita deve ser orientada por especialistas, porquê neurologistas, endocrinologistas e clínicos gerais.
Andrade ainda destacou que estudos recentes apontam para efeitos positivos na qualidade do sono, redução da impaciência e subtracção do processo inflamatório em pacientes que utilizam compostos derivados da vegetal em formulações padronizadas.
Barreiras econômicas e chegada à informação
Apesar dos avanços, o neurologista alertou para a restrição econômica que dificulta o chegada da população de baixa renda aos tratamentos com cannabis medicinal, principalmente em um cenário de subida prevalência de doenças metabólicas.
“A grande maioria da população diabética e obesa não consegue ainda acessar essa medicação de forma regular. Isso se deve tanto ao dispêndio quanto à falta de políticas públicas que integrem essas terapias ao SUS”, apontou.
Andrade também chamou atenção para a falta de intimidade da população com a literatura científica internacional, muitas vezes publicada em inglês e de difícil compreensão. Por isso, defendeu a popularização do conhecimento científico por meio de programas porquê “Alô, Doutor”.
Superação do estigma e valorização da ciência
O perito concluiu com um apelo ao enfrentamento do misticismo e preconceito que ainda envolvem a cannabis medicinal, destacando que o debate deve ser levado com base em evidências científicas.
“É preciso penetrar espaço para a ciência. A cannabis medicinal não é uma panaceia, mas possui funções terapêuticas comprovadas, que precisam ser melhor compreendidas e regulamentadas”, declarou
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