Afinal, o que é Ice? Um extrato potente, natural e ainda pouco compreendido

Uma reportagem exibida no final de junho pelo programa Fantástico, da TV Mundo, acendeu o alerta: o chamado “Ice” da cannabis foi apresentado porquê um formado de subida potência, com potenciais riscos e efeitos colaterais. Mas finalmente, o que é de roupa esse extrato? Seria ele um inimigo mascarado ou exclusivamente mais um método dentro das boas práticas farmacêuticas?
Para responder com responsabilidade, o Portal Sechat ouviu Carlos Espínola, rabi em Farmacoquímica, consultor farmacêutico da QualityGMP e profissional em Cannabis Medicinal. Com mais de 15 anos de experiência na dimensão, ele traz um olhar técnico e sensível e explicativo sobre o tema.
O Ice é exclusivamente uma forma de extrair e não um formado à secção

“O que se labareda de Ice é, na verdade, o resultado de uma técnica de extração que utiliza temperaturas muito baixas para gelar os tricomas, estruturas da vegetal onde se concentram canabinoides, terpenos e flavonoides”, explica Espínola. Em outras palavras, é uma forma de preservar ao sumo os compostos bioativos da cannabis, com o diferencial de não usar solventes químicos.
E mais: segundo o profissional, o Ice pode ser considerado um extrato full spectrum, pois mantém a integridade dos principais componentes da vegetal. “Zero impede, no entanto, que seja convertido em um broad spectrum, caso o THC seja removido”, acrescenta.
Menos clorofila, mais potência terapia
A exiguidade de solventes e a redução de impurezas vegetais, porquê a clorofila, fazem do Ice um extrato com subida concentração de fitocanabinoides. Isso significa que doses menores podem ser suficientes para obter o efeito terapêutico desejado, um ponto positivo para pacientes que precisam de tratamentos potentes, mas melhor tolerados.
“Pacientes com dor crônica severa, epilepsia refratária ou cancro podem se beneficiar muito desse tipo de extrato”, afirma Espínola. Ele também ressalta que a forma de uso (vaporizado ou ingerido) pode influenciar na tolerabilidade e na resposta clínica.
E o tal do efeito entourage? Está preservado
Um dos receios mais comuns entre pacientes e prescritores é se o Ice comprometeria o chamado efeito entourage, que basicamente é a sinergia entre os compostos da vegetal que potencializa os efeitos terapêuticos. “Esse pavor é infundado. O Ice mantém terpenos e canabinoides em sua constituição, permitindo que o efeito entourage ocorra de forma eficiente”, garante o farmacêutico.
Sensacionalismo x ciência: por que precisamos respirar fundo
Sobre o tratamento oferecido ao tema na grande mídia, Espínola é direto, mas generoso. “Ainda há muito ignorância. Termos técnicos são apresentados fora de contexto, e isso assusta. Mas o Ice é exclusivamente uma técnica, porquê a extração alcoólica ou com CO₂ supercrítico. Nenhuma é boa ou má por si só, tudo depende da finalidade e da responsabilidade envolvida”, avalia o farmacêutico.
Para ele, o caminho passa por ensino e informação de qualidade. “É isso que o Sechat tem feito, e é isso que precisa ser fortalecido”, diz.
Com uma trajetória sólida na associação ABRACE e na indústria farmacêutica, Carlos Espínola enxerga a premência urgente de pontes entre profissionais da saúde e a prelo. “Precisamos falar a mesma língua, com base em evidências e alinhamento técnico. Só assim o debate sobre cannabis medicinal evolui e o preconceito dá lugar à empatia”, aponta.
Para ele, a prelo tem um papel crucial: “Quando jornalistas se comprometem com a ciência, ajudam a erigir um ecossistema de crédito e segurança para pacientes, familiares e prescritores”.
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Ice não é mistério: é ciência aplicada
Entre o pavor e o excesso, a verdade costuma ser mais simples e mais humana. O Ice é só mais uma utensílio terapia que, se usada com critério e conhecimento, pode melhorar a vida de muitas pessoas. O duelo está em saber escutar as vozes certas, aquelas que vêm da prática, da moral e da escuta atenta do sofrimento humano.
Porquê muito conclui Espínola, “a cannabis é uma vegetal. O que fazemos com ela é que define se seguimos o caminho do desvelo ou da desinformação”.
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