Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

a dor invisível que paralisa vidas e encontra nova esperança na cannabis medicinal

a dor invisível que paralisa vidas e encontra nova esperança na cannabis medicinal

No Brasil, o dia 19 de maio marca o Dia Pátrio de Combate à Cefaleia — uma data solene que procura dar visibilidade a uma exigência que atinge murado de 30 milhões de brasileiros e que, muitas vezes, permanece subestimada. Criada no início dos anos 2000 por entidades médicas porquê a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a iniciativa tem porquê objetivo conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre os impactos clínicos, emocionais e sociais das dores de cabeça recorrentes, mormente da enxaqueca, uma das formas mais incapacitantes da exigência.

A enxaqueca é uma doença neurológica crônica marcada por cefaleias recorrentes de intensidade moderada a severa, geralmente acompanhadas de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia). De consonância com a Organização Mundial da Saúde, ela está entre as dez doenças mais incapacitantes do mundo — e, especificamente, em sexto lugar quando se trata de impacto na qualidade de vida durante os anos economicamente ativos do paciente. Dissemelhante de uma dor de cabeça geral, a enxaqueca envolve mecanismos fisiopatológicos complexos que se manifestam em diferentes estágios e exigem um olhar vigilante do ponto de vista diagnóstico e terapêutico.

Os episódios migranosos podem ser precedidos por uma temporada prodrômica, que ocorre horas ou até dias antes da dor se instalar, e que inclui sintomas porquê fadiga, alterações de humor, rigidez muscular, sede excessiva e desejos alimentares específicos. Tapume de um quarto dos pacientes experienciam ainda uma temporada de aura, caracterizada por alterações visuais (porquê flashes, manchas ou linhas em ziguezague), sensações de formigamento que se espalham pelo corpo, alterações no paladar ou olfato, e dificuldade na fala. A seguir, instala-se a crise de dor propriamente dita, que é frequentemente unilateral e pulsátil, agravada por atividade física e associada a náuseas, vômitos e hipersensibilidades sensoriais. Essa temporada pode perseverar de quatro a 72 horas. Por termo, há um período chamado pós-drômico, em que o paciente sente exaustão, confusão mental e dores musculares — uma espécie de ressaca neurológica que pode se estender por dias.

Acredita-se que a origem da enxaqueca esteja relacionada à ativação irregular do sistema trigeminovascular, que envolve os nervos trigêmeos e os vasos sanguíneos das meninges, provocando uma cascata de vasodilatação e neuroinflamação. Substâncias porquê a serotonina e o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) desempenham papel fundamental na mediação da dor e na amplificação dos sintomas.

O diagnóstico da cefaleia, mormente da enxaqueca, é predominantemente médico e exige que o médico conheça detalhadamente o histórico do paciente, os padrões da dor, a frequência das crises e os fatores desencadeantes. Em alguns casos, exames de imagem são solicitados para excluir causas secundárias, porquê tumores ou aneurismas, mas na maioria das vezes a confirmação vem da escuta atenta e da interdependência entre sintomas e critérios clínicos.

No que diz reverência ao tratamento, não há trato definitiva para a enxaqueca, mas existem diversos medicamentos que visam controlar as crises e prevenir seu surgimento. No conforto agudo, utilizam-se analgésicos comuns, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), antieméticos e os triptanos, que são fármacos específicos para a enxaqueca e atuam nos receptores de serotonina. Já na prevenção, que é indicada quando o paciente apresenta crises frequentes e incapacitantes, recorre-se a betabloqueadores, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, antagonistas de CGRP e outros agentes neuromoduladores. No entanto, nem sempre a resposta é satisfatória. Muitos pacientes enfrentam efeitos colaterais importantes, tolerância às medicações ou simplesmente não encontram conforto, mesmo em seguida anos de séquito.

É justamente nesse cenário de limitações da medicina convencional que a cannabis medicinal tem se realçado porquê uma opção terapia segura, eficiente e respaldada por evidências científicas. A médica Inoã Viana, que é perito em Medicina de Família e Comunidade, com pós-graduação em Geriatria e certificação para receita de cannabis, tem escoltado de perto os avanços nesse campo. “A cannabis atua de forma integrada no corpo humano por meio do sistema endocanabinoide, que regula funções essenciais porquê dor, sono, inflamação e humor. Muitos pacientes com enxaqueca apresentam deficiência de anandamida, um dos principais endocanabinoides naturais. Quando conseguimos restaurar esse estabilidade, a melhora é significativa”, afirma.

O sistema endocanabinoide é formado por receptores porquê o CB1, localizado predominantemente no sistema nervoso meão, e o CB2, mais presente em células imunes e tecidos periféricos. O canabidiol (CBD) age indiretamente nesses receptores, aumentando os níveis de anandamida e modulando canais iônicos porquê os TRPV1, além dos receptores de serotonina 5-HT1A, todos envolvidos na percepção da dor. Já o tetrahidrocanabinol (THC), outro fitocanabinoide da vegetal, tem efeito direto nos receptores CB1, promovendo analgesia e redução da inflamação. Essa ação sinérgica e multifatorial faz da cannabis um coligado promissor no combate à cefaleia crônica, mormente nos casos refratários às abordagens tradicionais.

A prática médica com cannabis não é novidade. No final do século XIX, já havia registros de receita da vegetal para tratamento de cefaleias e crises de enxaqueca. Em 1985, o pesquisador Volfe e sua equipe publicaram um estudo demonstrando que o THC inibe a liberação de serotonina durante as crises, um efeito que não ocorre fora delas. Mais recentemente, em 2012, um estudo comparou a eficiência da nabilona — um canabinoide sintético — ao ibuprofeno em pacientes com cefaleia por uso excessivo de medicamentos. A nabilona se mostrou superior na redução da dor, da subordinação química e na melhora da qualidade de vida. Em 2017, uma pesquisa testou extratos de cannabis ricos em THC e CBD em verificação à amitriptilina e verapamil durante três meses. O resultado: redução da dor em 55% dos casos e eficiência profilática equivalente à do antidepressivo, mas com menos efeitos colaterais. Pacientes com cefaleia em salvas também apresentaram conforto das crises, principalmente aqueles com histórico migranoso desde a puerícia.

“A diferença que vemos no dia a dia é impactante. Pacientes que chegavam desesperançosos, cansados de remédios que não funcionavam, hoje conseguem retomar suas rotinas, dormir melhor e viver com menos dor. A cannabis medicinal não é mágica, é ciência. E precisa ser usada com responsabilidade, séquito e individualização do desvelo”, enfatiza Inoã Viana.

Neste 19 de maio, o que se celebra não é somente a conscientização sobre a cefaleia, mas também a evolução do conhecimento médico e a valorização de terapias integrativas que colocam o paciente no meio do tratamento. Em um país onde a dor ainda é silenciada ou tratada com descaso, reconhecer a enxaqueca porquê uma doença neurológica séria — e investir em alternativas terapêuticas porquê a cannabis — é um passo fundamental rumo a uma medicina mais humana, baseada em evidência e empatia.

Mais informações podem ser obtidas através do e-mail inoaviana@gmail.com, do WhatsApp (21) 99968-7980 e do Instagram @dra.inoaviana, ou ainda presencialmente no consultório à Rua Professor Stroeller, 428, Quarteirão Brasílio – Petrópolis/ RJ.

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