Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

União entrega plano ao STJ para regulamentar cânhamo medicinal com liderança do Ministério da Saúde

União entrega plano ao STJ para regulamentar cânhamo medicinal com liderança do Ministério da Saúde

Quando o STJ deu um prazo para a regulamentação do cânhamo industrial, na decisão do IAC 16, todos os olhos e ouvidos se voltaram à Anvisa. Semana passada, a Diretoria Colegiada da Filial chegou a marcar, e desmarcar logo em seguida, a votação de uma minuta de regulamentação. E agora sabe-se o porquê: “para que possa contemplar os resultados do presente projecto, principalmente no que tange às competências”. 

O presente projecto, no caso, é o “Plano de Ação para regulação e fiscalização da produção e acesso a derivados de Cannabis para fins exclusivamente medicinais”. Uma verdadeira política vernáculo de Cannabis medicinal, na qual o Ministério da Saúde discretamente brota uma vez que liderança da material no Executivo.

Ontem, às 20h44 da noite, a AGU protocolou junto ao processo do IAC 16 uma petição para “informar as providências já adotadas, muito uma vez que as demais medidas a adotar” e em resposta à decisão do STJ, por meio de um projecto incluso.

Confira a Petição Incidental no REsp 2024250: Decisão pode impactar políticas de saúde e biotecnologia. Clique aqui: 

O projecto reconhece cabe ao Ministério da Saúde discutir e implementar, em fala com outros órgãos da União, uma política vernáculo” e a pasta de indumento assume a responsabilidade da maioria das ações estratégicas propostas.

O interessante é que, ao propor uma política vernáculo, o projecto amplia o escopo para muito além do indicado na minuta da Anvisa que circulou na semana passada e contemplava a indústria farmacêutica uma vez que o único panelinha produtivo verosímil. O projecto entregue ontem à Ministra Regina Helena ressalta a urgência de regulamentação federalista para outros arranjos produtivos, e propõe normatizar, além da indústria farmacêutica:

 

• regime associativo;

• laboratórios públicos;

• os saberes tradicionais;

• e o setor agrícola.

Na prática, o que o Ministério fez foi entregar um bom projeto à Procuradoria Universal da República para mostrar que não está parado, mas que vai demorar um pouco mais para entregar a regulamentação. Vai demorar mais para permanecer melhor, ao que tudo indica. Mais precisamente, até o termo de setembro – quatro meses e dez dias a mais.

Faz sentido essa guerra para ter mais tempo. Porquê o projecto muito explica, “A complicação do escopo exige uma atuação coordenada e integrada do setor de saúde com os demais setores envolvidos, para que a resposta seja efetiva”. Regular todos esses arranjos produtivos de modo eficiente depende de muita fala interministerial para dar perceptível de verdade.

O projecto prevê oito etapas de trabalho necessárias para completar o trabalho, cada uma com prazos e responsabilidades. Inclui a realização de agendas bilaterias entre Planta, MDIC, MJSP, MDA e Anvisa, estudo jurídica da AGU e culmina com a aprovação de uma novidade proposta de atualização da portaria 344 de 1998.

É ótimo que o Ministério da Saúde esteja assumindo a responsabilidade de liderar esse processo. E ainda mais positivo que traga uma proposta inclusiva, prevendo arranjos produtivos que têm potencial de democratizar o aproximação à Cannabis para fins medicinais.
 

Mas nem tudo são flores nessa história

O primeiro ponto fraco dessa história é a conversa continuar circulando estritamente em torno da regulamentação do cânhamo para uso medicinal. OK, o projecto é do Ministério da Saúde. Logo vamos esperar que o da Cultivação exerça liderança semelhante para destravar a produção de fibras e grãos.

O outro lado ruim é o Ministério da Saúde – e aí sim justamente o da saúde – se render à narrativa tão século 20 da demonização da maconha, e manter as vegetação e insumos de THC afastados do escopo de uso medicinal. Se o projecto é para fins exclusivamente medicinais, aí mesmo é que se justifica a produção das variedades com basta THC. Seja por seu potencial medicinal, seja pela possibilidade de controlar essa destinação por meio de uma boa fiscalização.

É evidente que a silabário é feita para atender as forças reacionárias do país, que sempre podem fazer dele o rabo de foguete que os governos sempre temem quando mexem com Cannabis.

A se confirmar, o projecto que vem do Ministério da Saúde é uma ótima notícia. Porque é certamente a proposta mais embasada e consequente que já se apresentou no Brasil para a elaboração de uma política pública de saúde decente para a Cannabis. Finalmente, teríamos um cenário de verdadeira segurança jurídica para o cultivo da vegetal para fins medicinais no país. Melhor ainda, um cenário em que essa segurança não está reservada exclusivamente para poucos industriais.

Source link

#União #entrega #projecto #STJ #para #regulamentar #cânhamo #medicinal #liderança #Ministério #Saúde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *