“Temos que criar uma comissão com vários órgãos para discutir”, diz Luciano Duque sobre cannabis no SUS de Pernambuco

“Temos que criar uma comissão com vários órgãos para discutir”, diz Luciano Duque sobre cannabis no SUS de Pernambuco

Entrou em vigor no último sábado (5), em Pernambuco, a Lei nº 18.757/2024, que institui a Política Estadual de Fornecimento de Remédios e Produtos Derivados de Cannabis. A norma garante a distribuição gratuita dos medicamentos, desde que prescritos por profissionais legalmente habilitados, conforme diretrizes do Ministério da Saúde e da Anvisa.

No entanto, a efetivação da lei depende da regulamentação por segmento do Executivo estadual, o que ainda não foi feito — mesmo em seguida o prazo de 120 dias estabelecido no próprio texto permitido.

 

Proposta de percentagem interinstitucional

 

Durante reunião da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, realizada na segunda-feira (7), o deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) — coautor da lei ao lado de João Paulo (PT) — propôs a geração de uma percentagem com representantes de diversos órgãos para dialogar com a Secretaria Estadual de Saúde.

“A gente tem que fabricar uma percentagem com vários órgãos para discutir com a Secretaria de Saúde do Estado e propor a regulamentação do uso de medicamentos [derivados de cannabis]. Precisamos entender o que já está sendo feito em outros estados para apresentarmos propostas concretas à secretária”, afirmou Duque.

O encontro, o primeiro da Frente Parlamentar em 2025, também discutiu a regulamentação e comercialização do cânhamo industrial. Entre os convidados, estava Bruno Pegoraro, presidente do Instituto Ficus — organização voltada à promoção de políticas públicas e inovação em produtos naturais com valor terapêutico e econômico.

Pegoraro destacou a versatilidade do cânhamo, apontando sua emprego na produção de tecidos, cordas, fibras e cosméticos. Ele reforçou a urgência de aprimorar a legislação sobre cultivo, importação e exportação da vegetal.

“É fundamental discutir na Alepe o cânhamo e outras commodities do horizonte, avaliando incertezas, a regulamentação apropriada e o melhor tipo de aproveitamento da vegetal no Brasil”, defendeu.

 

Pressão política e autonomia sítio

O deputado João Paulo, coordenador da Frente, ressaltou que o progressão no entrada à cannabis medicinal depende da geração de políticas públicas de saúde e da superação de preconceitos ainda existentes em setores conservadores.

“Tem sido uma luta muito grande. Cá na Plenário, tivemos a sanção da lei no último dia do prazo. Só teremos uma conquista maior com pressão política”, afirmou.

O presidente da Associação para Pesquisa e Desenvolvimento da Cannabis Medicinal no Brasil (CANNAB), Leandro Stelitano, defendeu que estados e municípios tenham maior autonomia em todas as etapas do processo — do cultivo à fabricação dos medicamentos.

“Leis municipais e estaduais são importantes. Quem precisa não pode esperar. Cá em Pernambuco, temos órgãos públicos com plena capacidade para atuar, porquê o LAFEPE e diversas universidades”, destacou.

 

Com informações de Alepe

Source link

#Temos #fabricar #uma #percentagem #vários #órgãos #para #discutir #diz #Luciano #Duque #sobre #cannabis #SUS #Pernambuco

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima