por que SC é o maior consumidor

por que SC é o maior consumidor

Doutora em Saúde Coletiva aponta que soma de fatores, incluindo marketing e “pântanos alimentares”, favorecem consumo excessivo de víveres ultraprocessados em SC

Santa Catarina lidera o consumo de víveres ultraprocessados no Brasil e o motivo vai muito além de uma única explicação. Segundo a nutricionista e doutora em Saúde Coletiva Raquel Kerpel, a resposta envolve fatores biológicos, econômicos, sociais, culturais e ambientais que moldam os hábitos alimentares dos catarinenses.

Um estudo realizado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) identificou que as três cidades com maior consumo de víveres ultraprocessados são catarinenses: Florianópolis, São José e Balneário Camboriú. O estudo ainda aponta que a renda elevada e a maior urbanização estão diretamente relacionadas ao hábito.

A princípio, a renda mais subida poderia levar a escolhas alimentares mais saudáveis, mas nem sempre é o que ocorre. “A informação nem sempre leva à mudança de comportamento”, explica Raquel.

Ela aponta que estratégias de marketing com alegações porquê “sem glúten”, “grave sódio” ou “rico em fibras” geram um falso apelo de saudabilidade, impulsionando a procura por produtos que, na prática, têm grave valor nutritivo.

Provisões ultraprocessados – Foto: Freepik

Outro fator relevante é a existência de “pântanos alimentares”, regiões com fácil entrada a fast food e produtos industrializados, mas com oferta limitada de víveres in natureza, porquê frutas e hortaliças.

Mesmo em cidades com eminente IDH, porquê Florianópolis e São José, esses ambientes afetam negativamente a sustento, independentemente do poder aquisitivo da população.

A nutricionista alerta ainda para o impacto desses hábitos no sistema de saúde público. O estudo da USP mostrou associação entre víveres ultraprocessados e doenças crônicas porquê obesidade, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares.

Para Raquel, o enfrentamento do problema passa por políticas públicas estruturais que garantam o entrada real a uma sustento equilibrada, e não unicamente pela escolha individual.

Cidades porquê Florianópolis e São José já aderiram ao Sisan (Sistema Vernáculo de Segurança Nutrir e Nutricional). Segundo a técnico, “o fortalecimento dessas políticas é importante para transformar o perfil cevar da população catarinense”.

Florianópolis lidera consumo de víveres ultraprocessados no Brasil

Além da capital catarinense, outras cidades do estado também se destacam negativamente pelo consumo de ultraprocessados – Foto: FreepikAlém da capital catarinense, outras cidades do estado também se destacam negativamente pelo consumo de ultraprocessados – Foto: Freepik

Um estudo realizado por cientistas da USP (Universidade de São Paulo) identificou que Florianópolis é a capital brasileira com maior consumo calórico de víveres ultraprocessados.

Segundo os dados, 30,5% das calorias ingeridas pelos moradores vêm de produtos porquê biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos e víveres prontos, ricos em corantes, conservantes e espessantes.

A pesquisa foi conduzida pelo Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da Faculdade de Saúde Pública e da Faculdade de Medicina da USP. Os dados foram publicados em 2025 e têm porquê base a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017–2018 e o Recenseamento Demográfico de 2010, abrangendo todos os 5.570 municípios brasileiros.

Além da capital catarinense, outras cidades do estado também se destacam negativamente. Balneário Camboriú tem 27,8% e São José, 28,3% do consumo calórico vindo de ultraprocessados. Em todo o estado, nenhuma cidade teve menos de 20% das calorias derivadas desses víveres.

Consumo de víveres ultraprocessados tem relação com a renda

Cidades mais desenvolvidas tendem a consumir mais alimentos ultraprocessadosCidades mais desenvolvidas tendem a consumir mais víveres ultraprocessados – Foto: Pixabay/ND

Os pesquisadores identificaram que renda, escolaridade e urbanização estão diretamente relacionadas ao maior consumo. Ou seja, cidades mais desenvolvidas tendem a consumir mais víveres ultraprocessados.

Segundo o estudo, “a baixa presença desses víveres em cidades mais pobres pode refletir um padrão cevar ainda restringido a itens básicos, mas não necessariamente mais saudável.”

O levantamento reforça a influência de ações integradas entre ensino cevar, regulação de publicidade e promoção do entrada a víveres frescos porquê caminhos para volver esse cenário preocupante.

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