Um dos principais fatores que diferenciam mulheres e homens no uso da cannabis medicinal é a forma uma vez que o sistema endocanabinoide (SEC) interage com os hormônios femininos.
Presente em todos os mamíferos, o sistema endocanabinoide desempenha diversas funções no corpo humano, uma vez que modulação da dor, regulação do humor, neuroproteção, ação anti-inflamatória e controle da sofreguidão. Ele atua em conjunto com outros sistemas, uma vez que o nervoso, imunológico e endócrino, promovendo estabilidade — ou, uma vez que explica a médica nutróloga Paula Vinha, “homeostase”.
“Não adianta ter os melhores músicos do mundo sem um bom maestro. Vai virar uma bagunça, sem ritmo, sem tom”, compara Vinha, ao explicar a centralidade do SEC no corpo humano.
A fala foi registrada durante o incidente do Divindade Cast, podcast original do portal Sechat, que também contou com a presença da médica ginecologista e terapeuta canábica Mariana Prado.
Paula Vinha explica:
Cannabis medicinal no tratamento de distúrbios femininos
Segundo Mariana Prado, o sistema endocanabinoide participa da manutenção de diversos processos fisiológicos e está diretamente ligado a sintomas que acometem muitas mulheres ao longo da vida.
“Se a mulher tem endometriose, qualquer transtorno ansioso ou depressivo relacionado à mênstruo ou à transição da menopausa, um tanto está afetando o estabilidade do corpo. O tratamento com a cannabis permite modular esse sistema, oferecendo à paciente o que está em falta”, explica a ginecologista.
Além da endometriose, o tratamento com canabinoides pode facilitar em casos de cancro de pomo, cancro de pescoço do útero, estresse e sofreguidão, cólicas menstruais intensas, inflamações crônicas, transtornos de humor relacionados ao ciclo hormonal e outros.
Assista a fala da Dra. Mariana Prado:
Estudos reforçam as diferenças biológicas no efeito da cannabis
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP demonstrou que, mesmo em modelos animais, os efeitos do canabidiol (CBD) variam de convenção com o sexo. No caso das fêmeas, essas variações também são influenciadas pelas diferentes fases do ciclo reprodutivo.
Durante o estudo com roedores, foi observado que as fêmeas em período de diestro apresentaram reações significativamente mais intensas ao estresse, se comparadas a machos ou a fêmeas em período de proestro. Mas, quando essas mesmas fêmeas em diestro receberam CBD, a resposta de pânico foi drasticamente reduzida. O mesmo não ocorreu com os demais grupos.
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