Um novo estudo publicado no periódico Reproduction & Fertility revela que a maioria das pacientes que usam cannabis no tratamento da endometriose considera a vegetal mais eficiente e com menos efeitos colaterais do que os medicamentos farmacêuticos convencionais.
Conduzida por pesquisadores da Universidade de Western Sydney, a pesquisa entrevistou 899 pessoas em 28 países que fazem uso de cannabis — muitas de forma ilícita — para controlar os sintomas dessa doença inflamatória crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma quesito em que células semelhantes às do revestimento do útero crescem em outras partes do corpo. Isso provoca sintomas porquê: dor intensa durante a mênstruo e relações sexuais; distúrbios intestinais e urinários; inchaço, náusea, fadiga; depressão, impaciência e, em alguns casos, infertilidade.
Os tratamentos atuais costumam focar no consolação da dor, mas muitas vezes vêm acompanhados de efeitos colaterais incômodos e resultados insatisfatórios.
Pacientes relatam maior eficiência e menos efeitos adversos com a cannabis
Entre os principais motivos apontados para o uso da cannabis medicinal, destacam-se:
– Dor mal controlada com medicamentos (68,6%);
– Efeitos colaterais indesejáveis de fármacos convencionais (56,3%);
– Terror de submissão de opioides e outros medicamentos (43,9%).
Quase 100% das participantes afirmaram que pretendem continuar o uso da cannabis, e 78% relataram que ela é mais eficiente do que seus tratamentos anteriores. A mesma proporção indicou que a vegetal justificação menos efeitos colaterais.
Canabidiol: um constituído promissor para tratar a endometriose
Outro item científico, publicado na revista Trends in Pharmacological Sciences (TIPS), reforça o potencial terapêutico da cannabis — principalmente o canabidiol (CBD) — no combate à endometriose. Segundo os autores, o CBD apresenta efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, imunomoduladores, antiangiogênicos, antiproliferativos e neuroprotetores.
O estudo também ressalta que o CBD pode atuar diretamente nos processos que envolvem o incremento das lesões da doença, oferecendo novas perspectivas para um tratamento mais eficiente e menos invasivo.
Estigma, dispêndio e pavor da ilegalidade ainda são barreiras
Apesar dos benefícios relatados, mais da metade das entrevistadas afirmou ter receios quanto ao uso da cannabis, mencionando preocupações com estigma social. Outras preocupações eram em relação ao dispêndio, à possibilidade de infringir a lei, à perda da carteira de habilitação devido às leis de direção sob efeito de drogas ou à perda do ocupação em decorrência de testes de drogas no lugar de trabalho.
Somente um terço revelou o uso da cannabis ao médico. E entre as que a utilizam ilegalmente, o número é ainda menor — alguma coisa que evidencia a urgência de maior diálogo entre médicos e pacientes.
Informação médica é forçoso para segurança no uso
Os autores do estudo alertam que a falta de supervisão médica pode trazer riscos, principalmente relacionados a interações medicamentosas desconhecidas. Por isso, pedem mais pesquisas e protocolos clínicos.
“A supervisão médica é forçoso para monitorar efeitos colaterais e potenciais interações medicamentosas, que as pessoas que usam cannabis podem não saber que existem”, explicam os pesquisadores.
Eles finalizam ressaltando a urgência de ensaios clínicos controlados e mais dados do mundo real para estimar a segurança e eficiência de produtos de cannabis medicinal com qualidade garantida para a população com endometriose.
Com informações de Cannabis Healt
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