Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

Importância dos Profissionais da Química na pesquisa e regulamentação da cannabis

Importância dos Profissionais da Química na pesquisa e regulamentação da cannabis

O mentor federalista e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Cannabis do Recomendação Federalista de Química (CFQ), Ubiracir Lima, participou do Pré-Congresso Meio-Setentrião de Cannabis Medicinal, realizado nesta quarta-feira, 12 de fevereiro. Durante o evento, ele destacou o papel fundamental dos Profissionais da Química na estudo e caracterização dos compostos presentes na vegetal cannabis sativa para uso terapêutico.

“Quando falamos sobre a vegetal cannabis para uso terapêutico, buscamos facilitar na preceito da elaboração qualitativa de diferentes metabólitos e substâncias biossintetizadas por essa vegetal”, explicou Lima. O coordenador ressaltou ainda que os Profissionais da Química não atuam na destinação final dos produtos derivados da cannabis, mas contribuem significativamente para a caracterização e o controle de qualidade dos extratos, garantindo a segurança e a eficiência dos produtos destinados ao uso medicinal.

Regulamentação
No final de 2023, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe mudanças importantes para o setor, permitindo maior acessibilidade às sementes de cannabis. Esse progresso levanta questões sobre tratamento, certificação e rastreabilidade das sementes, fatores essenciais para obter diferentes quimiotipos da vegetal.

“Cada quimiotipo demanda um tratamento específico para prometer a obtenção de um extrato com a elaboração ideal para estudos farmacológicos. A partir dessas análises, é verosímil estabelecer posologias adequadas para diferentes necessidades terapêuticas”, ressaltou.

O coordenador ainda comentou que a regulamentação da cannabis no Brasil tem evoluído gradualmente. “Inicialmente, a Filial Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitia unicamente a importação de extratos brutos da vegetal. Em 2022, houve um progresso significativo, permitindo o uso desses extratos para a formulação de medicamentos no país”, pontuou.

Mais recentemente, uma decisão judicial determinou que o cultivo de quimiotipos com texto de THC inferior de 0,3% deve ser regulamentado, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias nacionais. A mudança deve envolver a participação de diferentes órgãos governamentais, uma vez que o Ministério da Saúde, o Ministério da Cultivação e o Ministério da Justiça, devido às implicações legais e regulatórias. “Agora será necessário um estudo aprofundado das sementes e, futuramente, o uso de técnicas de edição genética para modificar ou reduzir a produção de determinados metabólitos na vegetal”, destacou o mentor.

Sistema CFQ/CRQs
Um dos pontos abordados no evento foi a premência de combater a desinformação sobre Química e a Ciência. Muitas vezes, expressões uma vez que “resultado sem química” são disseminadas, ignorando que tudo ao nosso volta é Química. “Se ocupa espaço e tem tamanho, é Química!”, reforçou Ubiracir.

O Sistema CFQ/CRQs tem investido em campanhas para esclarecer a população sobre conceitos químicos fundamentais, enfatizando que qualquer substância pode ser tóxica dependendo da ração e da exposição. “O Brasil tem potencial para se tornar uma referência na pesquisa e no desenvolvimento de produtos à base de cannabis, mas ainda enfrenta desafios uma vez que a falta de investimentos e infraestrutura para estudos avançados”, concluiu.

 

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