Luis Felipe Martins Francisco, biomédico recluso em flagrante nesta segunda-feira (27), é fruto do coach Felipe Francisco, possuidor e falso médico de clínicas de emagrecimento em Joinville e Balneário Camboriú. Ambos são alvos da Operação Venefica, que investiga profissionais por receitar e vender, sem respaldo técnico, medicamentos manipulados que podem gerar riscos à saúde – além de superfaturar em cima dos produtos.
O que levou à prisão do jovem
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), mesmo proibido, o biomédico teria voltado a exercitar a profissão e a atender pacientes de forma clandestina em sua própria vivenda.
Nesta segunda-feira (27), durante ação do Gaeco (Grupo de Atuação Peculiar de Combate às Organizações Criminosas), foram encontrados três frascos contendo líquidos de substâncias similares a anabolizantes com as inscrições Testobolin e Masteron. Os produtos foram achados no quarto de Luis Felipe.
Outro frasco sem identificação foi encontrado dentro da bolsa da namorada do biomédico. Ela afirmou que o teor era constituído por Trembolona. No lugar, ainda foram apreendidas duas seringas, três agulhas e uma agenda de aparente contabilidade de transacção de anabolizante.
De negócio com a investigação, Luis é suspeito de vender resultado impuro, corrompido, adulterado ou transtornado de proveniência ignorada. Entretanto, para o Tribunal de Justiça de Joinville os produtos apreendidos não são suficientes para manter a prisão em flagrante.
Na tarde desta terça-feira (28), o tribunal definiu que não há risco para a fixação de qualquer medida cautelar contra Luis Felipe. Portanto, o alvará de soltura foi liberado e o suspeito deverá deixar a prisão ainda nesta terça.
Desacordo entre resguardo e investigação
“Ele não tem formação e nunca atuou uma vez que biomédico”, disse à reportagem do portal ND Mais a advogada Francine Kuhnen. A profissional ainda afirmou que Luis Felipe não havia sido suspenso antes.
Segundo o tribunal da cidade, uma vez que há indícios de infração penal anterior, é viável a investigação para melhor apuração dos fatos.
Relembre uma vez que atuava falso ‘doutor’ e possuidor de clínicas de emagrecimento
O coach Felipe Francisco é indicado uma vez que mentor de um esquema criminoso que adulterava e vendia medicamentos em clínicas de emagrecimento em Santa Catarina. Possuidor da F. Coaching, ele atuava em conjunto com outros profissionais para formular protocolos medicamentosos, segundo o MPSC.
Os profissionais envolvidos na organização criminosa receitavam e produziam compostos medicamentosos voltados para o emagrecimento, proveito de tamanho magra, aumento de músculos, performance física, entre outros. Segmento relevante das fórmulas continha substâncias de venda proibida sem receita.
Com a inquietação de mais de 150 aparelhos eletrônicos, o MPSC conseguiu provar a existência da organização criminosa e uma vez que os profissionais se conectavam. O médico Julian Rodrigues Martins e a farmacêutica Marjorie Basilio, por exemplo, apesar de atuarem em cidades diferentes trabalhavam em conjunto para superfaturar na venda de medicamentos.
A estratégia é similar ao do coach. Segundo a promotora de Justiça Elaine Rita Auerbach, as clínicas envolvidas no esquema conseguiam superfaturar até 300% em cima dos “protocolos” comercializados.
Felipe Francisco foi recluso, em setembro de 2024, por crimes semelhantes ocorridos no Paraná. Segundo a decisão judicial, ele se passou por nutricionista, atendendo clientes entre 2016 e 2017 em Ponta Grossa (PR).
Entre as práticas criminosas, estão falsificação e adulteração de remédios, tirocínio proibido da Medicina e delito contra o Código de Resguardo do Consumidor por preterição da qualidade de produtos indicados aos clientes.
Em 24 de dezembro de 2024, no entanto, a Justiça o concedeu prisão domiciliar. A advogada Francine Kuhnen afirmou que a decisão foi estipulada posteriormente indicação de problemas de saúde enfrentadas pelo coach.
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