Experiência com a filha inspira cientista brasileira a liderar estudo inovador com cannabis no autismo

Experiência com a filha inspira cientista brasileira a liderar estudo inovador com cannabis no autismo

A ciência tem muitas faces. Às vezes veste jaleco e fica horas imersa em livros e testes comprobatórios, às vezes carrega no pescoço um rebento que não dorme, não fala, não olha nos olhos e nos obriga a percorrer detrás de muitas curas. 

Foi assim, entre as noites maldormidas e as dúvidas maternas, que a pesquisadora brasileira Micheline Donato decidiu transformar sua dor em pesquisa. Hoje, ela se prepara para apresentar ao mundo um feito inédito: o primeiro estudo médico com cannabis medicinal em adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), realizado no Brasil, com esteio da Universidade Federalista da Integração Latino-Americana (UNILA) e patrocínio da empresa Revivid.

É um marco. Mas, para além da valia científica, é também uma enunciação de afeto. “A cannabis revolucionou a vida da minha filha. Reduziu o uso de outras medicações, melhorou sua qualidade de vida, sua autopercepção e sua autorregulação. E é isso que espero poder levar a outras mães, outros filhos, outros adultos que viveram invisíveis por tanto tempo. Estou cá para ser ponte. Com carinho, com ciência e principalmente com paixão”, declara Micheline.

O esteio que transforma vidas

 

Estande da Revivid na Medical Cannabis Fair 2025 | Foto: Divulgação Revivid

Para que estudos uma vez que o de Micheline ganhem espaço, é preciso mais do que boas ideias: é preciso investimento, compromisso e sensibilidade. 

“A pesquisa científica é uma ponte entre inovação, credibilidade e transformação social e é justamente por isso que a Revivid faz questão de estribar estudos uma vez que o da Dra. Micheline”, afirma a CEO Daiane Zappe. 

“Somos uma empresa liderada por mulheres, com um time comprometido e sensível à veras de milhares de famílias que lutam diariamente por aproximação à cannabis medicinal. Muitas dessas lutas têm rosto de mãe”, declara.

Segundo ela, o esteio à ciência é também uma forma de amplificar vozes historicamente silenciadas e promover uma mudança regulatória real. 

“Acreditamos que ciência, desvelo e guarida podem e devem caminhar juntos. O fortalecimento do mercado só será provável se for sustentado por evidências, humanidade e por vozes com propósito. Esse é o DNA da Revivid: ciência com psique”.

Uma ponte brasileira em solo norte-americano

A pesquisa liderada pela Dra. Micheline Donato,contou com a participação de 58 voluntários, onde ela utilizou doses fixas de canabidiol (CBD), especificamente o resultado CBD Revivid, ao longo de 180 dias. 

Os resultados, medidos por protocolos clínicos e ferramentas uma vez que a Vineland-3 Scale, foram significativos: mais de 34% dos participantes relataram melhora no sono, 15,3% relataram melhora no humor, e houve redução nos sintomas de impaciência, depressão, isolamento social e movimentos repetitivos. 

A tolerabilidade foi considerada magnífico, com efeitos colaterais mínimos e temporários. Trata-se de um estudo inédito, principalmente por focar em adultos com TEA, uma população ainda invisibilizada na maior secção das pesquisas, e reforça o potencial da cannabis uma vez que selecção terapia segura e eficiente na melhora da qualidade de vida e da regulação emocional.

Apresentar os dados de uma pesquisa brasileira em um dos maiores congressos internacionais sobre cannabis científica, o International Society of Cannabis Research (ICRS), realizado neste mês em Indiana (EUA), é um marco simbólico e prático. 
 

“Sou a primeira brasileira a apresentar esse tipo de estudo nessa sociedade, que reúne os cientistas que mapearam o sistema endocanabinoide. Isso mostra o quanto nossa pesquisa é relevante”, afirma a pesquisadora.

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