Posteriormente seis anos de uso, o Estado de Minas Gerais suspendeu o fornecimento gratuito do medicamento à base de canabidiol para Hugo, de 8 anos, diagnosticado com polimicrogiria, uma rara malformação genética do sistema nervoso meão. O menino depende do remédio para controlar crises convulsivas diárias e também faz fisioterapia e usa outros medicamentos.
A família foi surpreendida pela decisão judicial, que suspendeu o fornecimento em fevereiro deste ano. Segundo o pai, Edmilson Caixeta, a medicação “vale a vida” do fruto e tem um dispêndio mensal que pode chegar a R$ 7.500. A mãe, Élina Olímpia Monteiro Cândido, que largou o trabalho para cuidar do fruto, afirma que não há condições financeiras para comprar o medicamento.
O uso do canabidiol é autorizado no Brasil, mas a produção pátrio dos insumos ainda é proibida, e o chegada depende de indicação médica depois outros tratamentos falharem. Para o neurologista Lucas Gabriel Ribeiro, a suspensão pode aumentar o quadro de Hugo, aumentando o risco de crises graves e até risco de morte.
A rotina do menino é cuidadosamente monitorada pelos pais 24 horas por dia, com equipamentos que acompanham sinais vitais. Antes do uso do medicamento, Hugo chegava a ter 80 crises diárias; hoje, esse número caiu para uma por dia, segundo registros da família.
Apesar da eficiência comprovada por perícia judicial, o fornecimento foi cancelado para evitar prejuízo ao orçamento público, conforme explicou o jurisconsulto da família, Rodrigo Souza de Almeida. A decisão liminar inicial, que determinava o fornecimento pelo Estado e município, foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Minas e encaminhada para a Justiça Federalista.
O processo tramita atualmente na Justiça Federalista, enquanto a família procura volver a decisão para prometer melhores condições de vida a Hugo. A Prefeitura de Varginha esclarece que é responsável unicamente por medicamentos da cesta básica do Ministério da Saúde, e remédios de subida dificuldade dependem de decisões judiciais específicas.
“Espero que as pessoas tenham mais sensibilidade e empatia. Ele não é só um número, é o paixão da nossa vida”, declara a mãe.
Nascente: G1
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