desafios antes e depois da cirurgia bariátrica – PORTAL LJ

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A saúde mental ocupa um papel meão no tratamento da obesidade, principalmente nos casos que envolvem cirurgia bariátrica. Especialistas reunidos, nesta sexta-feira (30/5), no XXI Congresso Brasílio de Obesidade e Síndrome Metabólica, realizado em Belo Horizonte, alertaram para a premência de investigar transtornos psiquiátricos antes do procedimento, monitorar o paciente no pós-operatório e prometer séquito multidisciplinar.

O cirurgião do aparelho estomacal Denis Pajecki apresentou uma metanálise recente sobre abuso de substâncias em seguida a cirurgia. Segundo ele, há uma incidência de tapume de 0,4% substâncias depois da cirurgia. Ele destacou, porém, que não há evidências de que todos os pacientes operados se tornem dependentes. “Existe realmente uma incidência, não é um risco porquê muitas vezes transparece ou a gente ouve, de que o paciente operado vai virar um alcoólico”, afirmou. Para Denis, a chave está no diagnóstico de risco no pré-operatório e no desvelo contínuo no pós-operatório.

O psiquiatra Adriano Segal, coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, chamou atenção para a taxa de suicídio em seguida a cirurgia, que, segundo ele, é rara, mas grave. Ele afirmou que a obesidade é uma doença multifatorial e destacou: “É necessário investigar transtornos psiquiátricos durante o tratamento da obesidade, muito porquê escutar o que o paciente fala antes de uma cirurgia bariátrica”.

A endocrinologista Silvana Pinho Neiva abordou o impacto do transtorno de compulsão fomentar (TCA) nos resultados da cirurgia. Segundo ela, o transtorno envolve episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de manjar em pequeno período, acompanhados por sensação de falta de controle. Ela explicou que não se trata unicamente da quantidade, mas também do comportamento. “Manducar mais rápido do que o normal, manducar até se sentir desconfortavelmente referto, manducar grandes quantidades de comida sem a sensação de rafa, manducar sozinho com vergonha e ter um remorso, se sentir desgostoso em relação àquilo – são sinais para uma TCA”, enumera. 

Silvana destacou que a prevalência de TCA no Brasil é estimada em 4,7%, com variações entre estudos. Ela apontou que há uma associação importante com obesidade e outras comorbidades, e reforçou que “nem todo paciente com TCA tem um quadro de obesidade, nem todo paciente que tem obesidade vai ter TCA”.

Quantidade de comida 

Um estudo apresentado no congresso acompanhou 281 pacientes por até cinco anos em seguida a cirurgia. Inicialmente, 32% tinham diagnóstico de TCA. Esse número caiu no primeiro ano, mas voltou a crescer, chegando a 27% em seguida cinco anos. Em outro estudo, com séquito de dez anos, a incidência de TCA caiu de 43,7% para 23,9%, mas 9% dos casos eram novos diagnósticos no pós-operatório.

Os especialistas alertaram para o lucro de peso recorrente que está associado ao ressurgimento de transtornos psiquiátricos e piora na qualidade de vida. Eles ressaltaram ainda a dificuldade de diagnosticar TCA no pós-operatório, já que os critérios tradicionais, porquê a ingestão de grandes volumes, deixam de ser aplicáveis. “Depois a cirurgia bariátrica, a injeção de grandes volumes de comida torna-se fisicamente limitada. Logo, o critério de quantidade de manjar para o diagnóstico é bastante questionável”, disse Silvana.

A endocrinologista Priscilla Gil reforçou que outros comportamentos, porquê “grazing” – hábito de beliscas pequenas porções de comida, e episódios de manducar emocional, precisam ser identificados. “O subdiagnóstico ou manejo inadequado do TCA pode influenciar de forma adversa o resultado da cirurgia bariátrica”, afirmou.

Os especialistas concluíram que é necessário usar instrumentos de avaliação validados e buscar padronizar os critérios diagnósticos nos estudos e ambulatórios. Aliás, destacaram a relevância do tratamento individualizado e multidisciplinar, que combine séquito médico, psicológico e psiquiátrico, para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.

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