A demanda por medicamentos, tecidos, papéis, vitualhas e insumos para a construção social à base de cânhamo deve crescer exponencialmente até 2030.
Um dos destaques desse movimento é o mercado pátrio de canabidiol (CBD), que pode expandir em quase 500% em relação a 2023, ano em que 430 milénio pacientes utilizaram 4,05 toneladas da substância. A previsão é que o Brasil chegue a 2,1 milhões de pacientes em tratamento com CBD, exigindo 20 toneladas do constituído tirado da vegetal.
Os dados são do relatório “O que o Brasil ganha com o cultivo do cânhamo?”, elaborado pela Biodendro Consultoria Florestal e publicado pelo Instituto Escolhas em maio de 2025. O documento analisa a viabilidade do cultivo de cânhamo no Brasil e destaca os benefícios econômicos, sociais e ambientais da vegetal.
Outrossim, o relatório aborda a regulamentação atual, as potencialidades de mercado e o aproveitamento de diferentes partes da vegetal, porquê fibras, sementes e flores ricas em CBD.
Investimentos podem gerar milhares de empregos e reduzir emissão de CO₂
De tratado com o estudo, atender à demanda pátrio por produtos derivados do cânhamo até 2030 exigirá um investimento de R$ 1,23 bilhão e o plantio de 64.103 hectares da vegetal.
Com essa estrutura, o país poderá gerar 14.485 empregos, alcançando uma receita liquida de R$ 5,76 bilhões – o equivalente a 4,7 vezes o valor investido. O Investimento também pode conquistar 1,1 milhão de toneladas de CO₂ por safra, contribuindo significativamente para a agenda climática.
O Brasil tem elevado potencial de expansão do cultivo sem desmatamento. Segundo a Embrapa, existem 28 milhões de hectares de pastagens degradadas no país, com potencial agrícola. O plantio proposto de 64 milénio hectares representaria unicamente 0,23% dessa superfície disponível.
Expansão internacional dos mercados de sementes e fibras de cânhamo
Além da indústria farmacêutica, outros segmentos do mercado de cânhamo devem crescer significativamente:
– O mercado internacional de sementes, utilizadas pela indústria de vitualhas, deve crescer 264% entre 2023 e 2030.
– O mercado global de fibras, usadas na produção de papéis, tecidos e biocompostos, deve ter um prolongamento de 26% no mesmo período.
Cânhamo é mais rentável e sustentável que culturas agrícolas tradicionais
Outro ponto realçado pelo documento é a ligeira vantagem do cânhamo em relação a culturas tradicionais. Na produção de fibras, por exemplo, o retorno sobre o investimento ultrapassa 100%, e a vegetal pode ser cultivada sem o uso de agrotóxicos — ao contrário do algodão, que apresenta retorno de unicamente 49% e exige 28 litros de defensivos agrícolas por hectare.
Na produção de sementes, o desempenho também é superior. A receita líquida média do cânhamo atinge 165% sobre o investimento, enquanto a soja retorna 46%, o milho 61%, o girassol 48%, o gergelim 68% e a canola unicamente 39%. Esses números reforçam o potencial econômico do cânhamo porquê uma selecção altamente competitiva e sustentável para o agronegócio brasiliano.
O Brasil precisa rever o limite lícito de THC
Um dos principais obstáculos regulatórios é o limite de 0,3% de THC proposto pela regulamentação do cultivo que deve ser publicada pelo Governo ainda nascente ano. O estudo sugere a elevação para 1%, o que seria crucial para a produção em regiões tropicais, onde o clima favorece naturalmente o aumento do texto de THC.
Com esse ajuste, seria verosímil cultivar variedades com até 22% de CBD (contra os atuais 6,6%), resultando em receitas líquidas muito superiores.
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