Aos poucos, a cannabis medicinal começa a lucrar espaço também nos consultórios odontológicos. Além do uso tradicional para o conforto da dor e inflamação, estudos e experiências clínicas mostram que a vegetal pode atuar no controle da sofreguidão, incitamento à regeneração óssea e até no combate ao biofilme bacteriano.
Essa novidade fronteira terapia será o tema do módulo “Odonto Cannabis” no 4º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal, que acontece de 22 a 24 de maio, em São Paulo.
A cirurgiã-dentista Monique Xavier de Sousa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Canabinoide (SBOCAN) e palestrante confirmada no evento, explica que a cannabis pode ser usada desde o preparo do paciente até o pós-operatório.
“Pode ser utilizada de forma preventiva e uma vez que primeira escolha terapia, desde que haja consenso entre paciente e profissional. O objetivo é um atendimento mais tranquilo, com menos efeitos colaterais, mormente em confrontação com os medicamentos convencionais”, afirma.
Segundo Monique, os fitocanabinoides interagem com o sistema endocanabinoide, que regula funções uma vez que dor, humor e inflamação, influenciando também outros sistemas. “Lastrar a saúde bucal pode valer, também, lastrar o organização uma vez que um todo”, pontua.
Domínio da farmacologia é a chave
Apesar do potencial terapêutico, o uso de cannabis na odontologia exige conhecimento técnico e responsabilidade. Monique destaca que os canabinoides podem interagir com diversos medicamentos:
“Eles têm ação retrógrada, ou seja, modulam a informação entre neurônios. Isso pode interferir na ação de outras substâncias, o que torna indispensável o domínio da farmacologia por segmento do cirurgião-dentista”.
Ela reforça ainda a urgência de atuação multidisciplinar, principalmente quando o paciente já está sob outros tratamentos médicos. Uma vez que situações de risco, cita a sedação multimodal e procedimentos fora da conhecimento odontológica.
Formação contínua e baseada em evidências
Outro ponto de grande preço para o prescritor de cannabis é a estável evolução dos seus conhecimentos. Atualmente, não há protocolos clínicos oficiais consolidados sobre o uso da cannabis em consultórios odontológicos, o que denota ainda mais responsabilidade ao dentista.
Para Monique, esse cenário reforça a urgência de estudo contínuo e prática responsável. “É preciso estimar caso a caso e entender se a cannabis pode potencializar ou inibir outros fármacos em uso. Felizmente, temos hoje uma quantidade significativa de literatura científica que apoia a tomada de decisão clínica”.
Evento reunirá especialistas em cannabis medicinal no Brasil

Considerado o maior evento da América Latina sobre uso terapêutico da vegetal, o 4º Congresso Brasiliano da Cannabis Medicinal reunirá em 2025 mais de 100 palestrantes nacionais e internacionais e espera receber murado de 1.200 profissionais da saúde.
O último dia do evento (24 de maio) será devotado exclusivamente aos profissionais da extensão, com destaque para o módulo Odonto Cannabis, que mostrará uma vez que a cannabis vem sendo aplicada na prática odontológica — desde o controle da dor e sofreguidão até terapias com foco em regeneração tecidual. A programação acontece no Expo Center Setentrião, em São Paulo, com atividades presenciais e transmissão online.
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O ingresso do Congresso também garante ingresso na Medical Cannabis Fair, evento paralelo que se consolida uma vez que o mais relevante do país para profissionais da saúde, pesquisadores e empresas do setor.
O papel do dentista no uso da cannabis medicinal
Para os cirurgiões-dentistas, trata-se de uma oportunidade única para compreender os caminhos regulatórios, seguir os avanços científicos e se sobresair em um mercado que começa a se solidar com inovação e responsabilidade.
“Ainda existe ignorância dentro da nossa classe. Muitos colegas não compreendem que o dentista atua em um sistema conectado ao sistema nervoso periférico e medial. Não cuidamos só de dentes”, enfatiza Monique.
Ela reconhece a existência de receio em prescrever cannabis, mas afirma que esse cenário está mudando:
“Produzimos pesquisas, disseminamos conhecimento e mostramos que é provável transformar a qualidade de vida dos pacientes com responsabilidade e embasamento científico”, conclui.
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