Como psicodélicos ajudaram na saúde mental durante a COVID

Na travessia solitária que foi a pandemia da COVID-19, marcada por incertezas, perdas e isolamento, muitas pessoas buscaram formas alternativas de manter o estabilidade emocional. Um estudo levado por pesquisadores do Imperial College London lança luz sobre um fenômeno: os psicodélicos, que mesmo fora de contextos clínicos, estiveram associados à melhora nos sintomas de sofreguidão, depressão e saúde mental universal durante os anos mais críticos da pandemia.
Psicodélicos e resiliência emocional em tempos sombrios
Fundamentado em dados de mais de 377 milénio pessoas entre dezembro de 2019 e março de 2022, o estudo investigou porquê o uso de diversas substâncias impactou a saúde mental da população do Reino Unificado. O grupo que usou psicodélicos em combinação com cannabis apresentou uma evolução positiva, com melhora significativa nos indicadores de depressão e sofreguidão ao longo do tempo, ao ponto de saber escores semelhantes aos daqueles que não usaram nenhuma droga.
“Aqueles que usaram psicodélicos podem ter veterano algumas melhorias na saúde mental durante o período da pandemia, o que apoia a teoria de que os efeitos benéficos no humor e na sofreguidão associados a essas substâncias podem se estender além das condições controladas”, afirmam os autores.
Mais que substâncias, contexto importa
Ao contrário do que se observou em usuários de cannabis isoladamente, cujos níveis de saúde mental permaneceram baixos durante todo o período analisado, o grupo que combinou psicodélicos com cannabis mostrou melhora progressiva. Os pesquisadores sugerem que isso pode estar relacionado à natureza dos psicodélicos, que são profundamente influenciados pelo contexto emocional e social em que são utilizados.
O uso de psicodélicos, muitas vezes associado a experiências introspectivas e transformadoras, pode ter oferecido suporte psicológico em um momento de crise global. Ainda assim, os próprios autores alertam para as limitações do estudo, que foi totalmente automatizado e não coletou dados sobre dosagem, frequência ou contexto de uso, aspectos fundamentais para compreender os reais efeitos dessas substâncias.
O renascimento dos psicodélicos na ciência
Esse estudo se soma a uma crescente vaga de pesquisas que reposicionam os psicodélicos porquê ferramentas terapêuticas potentes. LSD, psilocibina (o princípio ativo dos “cogumelos mágicos”) e outras substâncias vêm sendo testadas, com resultados promissores no tratamento da depressão resistente, do alcoolismo e da obediência de tabaco.
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Nos Estados Unidos, o Instituto Vernáculo sobre Insulto de Drogas (NIDA) destinou US$ 1,5 milhão para estudos com psicodélicos e transtornos por uso de substâncias. Já o Meio Vernáculo de Saúde Complementar e Integrativa (NCCIH) reconheceu oficialmente o potencial terapêutico da psilocibina para tratar o alcoolismo, apesar da substância ainda ser classificada porquê ilícito.
Uma novidade perspectiva sobre saúde mental
A pandemia escancarou a urgência de abordagens mais compassivas e eficazes para cuidar da saúde mental e os psicodélicos parecem estar ganhando voz nesse novo coro. Embora seja preciso cautela e mais pesquisa para entender todos os riscos e benefícios, as evidências sugerem que essas substâncias, longe de serem unicamente escapismo, podem ser aliadas na reconstrução emocional de quem atravessa crises profundas.
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Talvez o que o estudo nos ensine, no termo das contas, é que em momentos de dor coletiva, a trato pode surgir de caminhos que antes pareciam proibidos ou, ao menos, incompreendidos.
Com informações de Marijuana Moment.
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