Brasileira em Comitê da ONU quer proteção de mulheres com deficiência e acesso a novas tecnologias

A senadora Mara Gabrilli, do Brasil, esteve na semana passada na sede da ONU para a 18ª Conferência dos Estados-Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Membro do Comitê da ONU sobre o tema, ela ocupa atualmente a vice-presidência do Grupo de Trabalho sobre Mulheres e Meninas com Deficiência. Nesta conversa com a ONU News, ela anunciou a elaboração de novas diretrizes internacionais para proteger o grupo.
Discriminação e violência
Segundo Mara Gabrilli, é preciso entender a interseccionalidade num contexto em que as mulheres “acumulam diversas camadas de discriminação”, relacionadas com raça, pobreza, orientação sexual, e outros fatores.
“Infelizmente, a violência contra a mulher vem escalando rumos muito altos. E se você estimar, proporcionalmente, a mulher com deficiência é muito mais discriminada, muito mais abusada e passa por muito mais violência. Logo é gratificante saber que a gente está fazendo uma colaboração que é para as mulheres no mundo inteiro”.
Mara Gabrilli fala das pautas globais e nacionais mais importantes para pessoas com deficiência
Perceptibilidade sintético pode proporcionar autonomia
A integrante do Comitê da ONU destacou que a reunião também foi marcada pelo progressão de discussões sobre o uso da perceptibilidade sintético, IA, para melhorar a qualidade de vida daqueles que tem alguma dificuldade intelectual ou motriz.
“As pessoas com deficiência geralmente precisam de muita tecnologia assistiva e de muita perceptibilidade sintético. Isso está fazendo uma mudança muito grande, porque se abriu um novo caminho de conquistas, de formas de trabalho, de interação com a sociedade. Logo, acho que a gente tem muita chance de conseguir usar toda essa perceptibilidade sintético para a evolução mesmo da humanidade e maior autonomia das pessoas com deficiência”.
Entusiasta do grande chegada a novas tecnologias, Mara Gabrilli ressaltou que os exoesqueletos, uma tecnologia face de robótica que ajuda as pessoas a voltarem a marchar, estão disponíveis no Sistema Único de Saúde do Brasil, SUS. Ela disse esperar que o mesmo ocorra com ferramentas baseadas em IA.
Uso de cannabis medicinal no Brasil
A senadora brasileira declarou que a ampliação do chegada também é importante no caso da cannabis medicinal. Segundo ela, apesar dos benefícios comprovados em várias áreas da saúde humana, a substância ainda é claro de “muita desinformação e fake news no Congresso brasílio”.
Autora de um projeto de lei sobre o tema, Mara Gabrilli disse que é provável ofertar essa opção terapia a custos mais baixos no país.
“Hoje, o Brasil permite a importação da cannabis medicinal, muito organizadamente, e em 15 minutos você consegue autorização da Anvisa para fazer essa importação. Está muito bem-feita. Só que é muito dispendioso. Logo é injusto porque a população toda não tem chegada. Você tem que importar. Com tanta terreno no Brasil, a gente vai permanecer importando? E os nossos brasileiros que não têm recurso, não tem chegada a um tratamento que acaba com convulsões, por exemplo? Logo, isso é muito injusto”.
Ela destacou ainda benefícios da cannabis no tratamento da depressão, bipolaridade e sofreguidão, destacando que as necessidades globais de saúde mental ficaram mais pronunciadas com a pandemia de Covid-19.

Empresa brasileira apresenta projetos de inclusão em conferência da ONU
Valorização das cuidadoras
Mara Gabrilli trouxe para o encontro na ONU sua própria experiência no parlamento brasílio, onde considera que foram dados passos importantes para a inclusão de pessoas com deficiência.
Ela se emocionou ao falar do papel das cuidadoras em sua trajetória e defendeu uma maior valorização dessas profissionais.
“Para mim, é uma questão de honra, eu não posso deixar aquele Congresso sem deixar esse legado porque eu sou a primeira pessoa que entrou no Congresso com uma cuidadora, que participa de todas as reuniões. Minhas cuidadoras têm que entrar no plenário. Não importa se a reunião é com o presidente, ou com o vereador, a minha cuidadora tem que estar. A gente trouxe uma cultura novidade para o Parlamento. E essa cultura, a gente sempre espera, que de lá, vire uma política estratégica que possa ir para todo o mundo. Eu só estou cá conversando com você na situação de senadora, de perita da ONU, de ter conseguido fazer tudo isso, mesmo sem me mexer, porque tem uma cuidadora que está cá do meu lado. Eu tenho muita gratidão por ter isso, porque se eu não tivesse condições de ter isso, eu nunca estaria cá. Logo, acho que é o mínimo que o Brasil tem que fazer para as pessoas com deficiência”.
Autora de um projeto de lei sobre Política Vernáculo de Desvelo, ela disse que apesar dos avanços recentes, porquê a sanção da lei 15.069/2024, ainda faltam políticas públicas que garantam uma ampla oferta de cuidadores para pessoas com deficiência, doenças raras e idosas.
Mara Gabrilli enfatizou que as mães que têm filhos com alguma deficiência intelectual ou física têm muito pânico de morrer antes deles sem ter garantias de que serão cuidados. Ela afirmou que seria um “grande acalento para o coração dessas mães” saber que o governo vai prometer um protecção profissional nesses casos.
*Felipe de Roble é redator da ONU News em Português.
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