a luta contra a ansiedade e o alívio com a cannabis medicinal

a luta contra a ansiedade e o alívio com a cannabis medicinal

Nosso cérebro é uma caixinha enxurro de memórias armazenadas ao longo da vida. Algumas pessoas lidam muito com pequenos esquecimentos, enquanto outras se redescobrem através desses lapsos. Olvidar faz segmento da vida, mas o que acontece quando a memória é um sinal de alguma coisa maior?

 

Karina descobriu o diagnóstico do TEA posteriormente a maternidade. (Foto: Registro Pessoal)

A biomédica Karina Rassú conhece muito esse trajectória. Aos 39 anos, ela recebeu a confirmação de alguma coisa que já intuía desde a puerícia. “Eu não fui buscar esse diagnóstico. Desde os meus 17 anos, faço séquito psiquiátrico e psicológico, e todo mundo sabia que eu era dissemelhante, mas ninguém sabia dar um nome para isso”, conta. 

As crises já estavam presentes na puerícia, mas nos anos 1980, principalmente para meninas, o autismo era um diagnóstico invisibilizado. Na quadra, ela conta que o médico desconsiderou a crise, a nomeando de culpa idiopática. “Nos momentos das minhas crises de puerícia, me lembro de já não conseguir falar, eu literalmente tratava, sabe?”, rememora Karina, que sofreu retaliações de amigos e familiares na quadra.

 

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Foi posteriormente a maternidade atípica que ela descobriu o TEA em sua vida. (Foto: Registro Pessoal)

Ela é mãe de Matteo e Lucca, e quando um de seus dois filhos recebeu a confirmação do espectro autista, sua neuropediatra a aconselhou a investigar o próprio caso. “Quando veio o diagnóstico do meu rebento mais velho, percebi que ele fazia exatamente as mesmas coisas que eu fazia quando pequena. A diferença é que agora, ao menos, tinha um nome para isso”, disse.

 

O impacto da impaciência extrema

O autismo de Karina sempre esteve escoltado de uma impaciência intensa. Durante a pandemia da Covid-19, onde as pessoas tinham que seguir à risca o isolamento social, essa sensação tomou proporções incontroláveis, afetando sua fala e funções gastrointestinais. “Fiquei uma semana sem me remeter. Durante as crises, meu corpo simplesmente desligava. Eu não conseguia falar, não conseguia transpor de morada porque não tinha controle do esfíncter. Era alguma coisa muito vexativo e desesperador”, relembra.

Esse tipo de resposta extrema ao estresse, conhecida porquê mutismo seletivo ou resposta dissociativa, é generalidade em situações de sobrecarga emocional severa. “Quando somos diagnosticados na vida adulta, muitos questionam sobre porquê conseguimos viver até cá, mas a verdade é que eu não vivi, eu sobrevivi”, afirma.

Conseguir dormir, transpor de morada, interagir e relacionar-se são um dos fatores que pegam as pessoas diagnosticadas com autismo. Hoje em dia, posteriormente o uso do canabidiol, Karina se sente preparada e com mais qualidade de viver e o que antes era dificílimo hoje é uma guerra vencida. “A impaciência me impedia de viver. Eu estava parando a faculdade de Biomedicina e não sabia mais o que fazer. Foi quando conheci o Dr. Diego Araldi”, explica.

Cannabis medicinal e os benefícios para pacientes com TEA

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O médico Diego Araldi afima que a cannabis age diretamente no sistemaendocanabinoide, regulando funões neurodivergentes que dão um equilibrio à pacientes do TEA. (Foto: Divulgação)

Técnico em medicina endocanabinoide, Diego Araldi, médico da Karina, falou com a gente sobre o tópico. Ele acompanha pacientes autistas que sofrem com crises de impaciência severa. “Essa impaciência pode afetar gravemente o cotidiano, dificultando a vida social, acadêmica e profissional, além de contribuir para quadros de depressão, fobias e crises de pânico. A cannabis age no sistema endocanabinoide, que regula funções porquê humor, sono e resposta ao estresse. Em pacientes com TEA, observamos uma redução significativa da impaciência, melhora no sono e decrescimento de comportamentos repetitivos”, explica o médico.

Sobre a perda da fala, ele faz o alerta: “durante uma crise intensa, o cérebro pode desligar funções porquê a fala porquê um mecanismo de autoproteção. Embora não seja frequente em todos os casos, é um sintoma observado em situações de sobrecarga emocional severa, principalmente em pessoas neurodivergentes”.

Cannabis medicinal: a esperança de um recomeço

Para Karina, a introdução do óleo de cannabis na rotina representou um recomeço. “Comecei com o Broad Spectrum, sem THC, e logo notei melhora no humor. Mas foi com o Full Spectrum, com ordinário texto de THC, que minha qualidade de vida realmente mudou. Pela primeira vez, meu tripa se estabilizou, minha fala voltou e consegui retomar a vida acadêmica e profissional”, revela a biomédica que teve que tomar mais de 16 alopáticos até chegar na cannabis medicinal.

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Karina chegou a trancar a faculdade de Biomedicina, mas hoje, orgulha-se da estirão pós introdução da cannabis medicinal em seu tratamento (Foto: Registro Pessoal)

Hoje, Karina concilia o trabalho porquê biomédica com a maternidade atípica, e quer levar sua experiência ao maior número de pessoas provável. “A cannabis me tirou do estado de sobrevivência e me fez viver de verdade. Nunca imaginei que conseguiria concluir minha graduação, muito menos iniciar três pós-graduações ao mesmo tempo. Agora, quero compartilhar essa jornada para ajudar outras mulheres autistas a encontrarem qualidade de vida”, pontuou a biomédica que vai fabricar porquê meta dos 40 anos, um podcast sobre o tema.

A história de Karina é uma das muitas que evidenciam o impacto positivo da cannabis medicinal no tratamento do TEA. Embora ainda exista preconceito e barreiras no aproximação ao tratamento, especialistas e pacientes reforçam a valimento do debate e da ampliação da pesquisa sobre os fitocanabinoides. 

 

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Araldi acredita que o porvir da cannabis medicinal no Brasil é promissor. (Foto: Divulgação)

Já, para o médico, esse cenário vem mudando gradualmente com a publicação de novos estudos e relatos positivos de quem já utiliza o tratamento. “O porvir é promissor. Hoje já temos uma base científica sólida mostrando a eficiência e segurança da cannabis medicinal para diversos sintomas associados ao TEA. Pesquisas estão avançando para entender melhor as doses ideais, os perfis de resposta individual e possíveis associações com outras terapias. A tendência é que, nos próximos anos, tenhamos protocolos cada vez mais personalizados e acessíveis”, finaliza.

Campanha Abril Azul: a valimento do diagnóstico e do protecção

Abril é o mês da conscientização sobre o TEA. O Abril Azul reforça a urgência de protecção e tratamento adequado para autistas, independentemente da idade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA afeta murado de uma em cada 100 crianças no mundo. No Brasil, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas estejam no espectro. Dados do SUS mostram que, em 2021, foram registrados 9,6 milhões de atendimentos a pessoas com TEA, sendo 4,1 milhões voltados para crianças de até nove anos.

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Dra. Karina superou os próprios limites e hoje leva o autismo consigo, adaptando cá e ali e se reconectando com sua núcleo. (Foto: Registro Pessoal)

Os números mostram a urgência de políticas públicas para diagnóstico precoce e suporte contínuo. Enfim, porquê Karina costuma proferir: “Antes, eu sobrevivia. Agora, eu vivo”. 

 

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