Alergia à cannabis: raro, mas possível no uso medicinal

Entenda em quais situações uma pessoa pode ter alergia à cannabis e o que fazer para saber se você tem

Alergia à cannabis raro, mas possível no uso medicinal

O uso medicinal da cannabis cresce no Brasil e no mundo. A cada dia, mais pacientes buscam na planta uma alternativa para tratar doenças crônicas, como epilepsia, dor, insônia e ansiedade.

No entanto, embora os benefícios sejam cada vez mais discutidos, nem todos sabem que também existe a alergia à cannabis. Embora seja rara, ela pode ocorrer e merece atenção, especialmente entre os pacientes que usam a planta com fins terapêuticos.

O que é alergia à cannabis?

A alergia à cannabis é uma reação do sistema imunológico a componentes da planta. Assim como em outras alergias, o organismo identifica certas substâncias como uma ameaça. No caso da cannabis, os principais gatilhos podem ser o pólen, a flor, ou mesmo o contato com produtos derivados da planta.

Os sintomas variam de leves a moderados, e incluem:

Segundo a American Academy of Allergy, Asthma & Immunology (AAAAI), reações anafiláticas são extremamente raras, mas já foram documentadas em literatura científica.

Alergia pode surgir pelo contato direto

Pacientes que fazem uso tópico da cannabis, uma vez que cremes e óleos, podem desenvolver reações alérgicas pelo contato com a pele. Esses casos geralmente envolvem a vegetal fresca ou manipulada de forma artesanal, em que o controle de contaminantes, uma vez que fungos e pólen, é mais difícil.

Um estudo publicado no Annals of Allergy, Asthma & Immunology (2013), por exemplo, observou que trabalhadores da indústria de cultivo apresentaram mais casos de sensibilização. Ou seja, o contato repetido com a vegetal pode aumentar o risco de alergia.

Alergia por inalação

Além do contato direto, a inalação da fumaça ou vapor da cannabis também pode promover reações alérgicas. Nesse caso, os sintomas são similares aos provocados por outras alergias respiratórias, uma vez que asma ou rinite.

Por isso, pacientes com histórico de problemas respiratórios devem conversar com um médico antes de utilizar vaporizadores, cigarros ou outros métodos inaláveis.

Alergia cruzada também pode ocorrer

Outro ponto importante é a chamada alergia cruzada. Pessoas alérgicas a mantimentos uma vez que tomate, pêssego, banana ou castanhas podem apresentar reações também à cannabis. Isso acontece porque essas substâncias compartilham proteínas similares, confundindo o sistema imunológico.

Um estudo de 2018 publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice apontou que certos canabinoides, uma vez que o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), podem atuar uma vez que alérgenos, mormente em pessoas com predisposição genética.

Porquê diagnosticar a alergia à cannabis?

Para confirmar a alergia à cannabis, o mais indicado é procurar um alergista. O diagnóstico pode incluir testes cutâneos e exames de sangue específicos. No entanto, uma vez que a cannabis ainda não é amplamente regulamentada em muitos países, nem todos os laboratórios oferecem esses testes.

Por isso, é fundamental relatar ao médico qualquer uso de produtos com cannabis, mesmo que sejam óleos, cápsulas ou cremes. Informar o método de governo, a frequência de uso e a proveniência do resultado pode ajudar no diagnóstico correto.

Alergia não impede tratamento, mas exige desvelo

A existência de alergia à cannabis não impede totalmente o uso medicinal da vegetal, mas requer atenção médica. Em alguns casos, mudar a via de governo, uma vez que a troca do uso inalado por um óleo sublingual, por exemplo, pode reduzir os sintomas.

Aliás, utilizar produtos com certificação de qualidade e proveniência segura ajuda a minimizar o risco de contaminação por fungos, pesticidas e outros alérgenos.

Por término, pacientes que fazem uso medicinal devem sempre ser acompanhados por profissionais da saúde. O comitiva adequado permite identificar possíveis reações e ajustar a terapia conforme necessário.

A cannabis medicinal oferece benefícios reais para muitos pacientes. No entanto, uma vez que qualquer substância terapia, ela também pode promover efeitos adversos. A alergia à cannabis, embora rara, existe e precisa ser considerada no contexto galeno.

Com mais pesquisas, chegada a produtos regulamentados e comitiva médico, é provável prometer que o tratamento com cannabis seja seguro, eficiente e apropriado à verdade de cada paciente.

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