Na era da ansiedade, Brasil aposta em tratamento humanizado para transtornos mentais
Uma em cada oito pessoas convive com qualquer tipo de transtorno mental, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Sofreguidão e depressão, os mais comuns, aumentaram a partir de 2020, com a eclosão da pandemia de Covid-19, e afetam um grande temporário de crianças e adolescentes. Tratamentos tradicionais do problema dividem espaço com abordagens alternativas e recursos de perceptibilidade sintético — seu uso em aconselhamento psicológico gera intenso debate.
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O relatório da OMS em 2021 mostra que a depressão é responsável por 4,3% da fardo global de doenças e por 11% de todos os anos vividos com incapacidade. Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos a cada ano, o que pode ser equivalente à perda de US$ 1 trilhão em produtividade no mesmo período. Os investimentos em saúde mental ficam inferior de US$ 2 por pessoa — e não chegam a US$ 0,25 em países emergentes. Desse totalidade, 67% são para hospitais psiquiátricos autônomos, “apesar da sua associação com resultados ruins e violações de direitos humanos”, afirma o documento.
No Brasil, o repasse a hospitais psiquiátricos chegava a 75% da verba destinada à saúde mental no início da dez de 1990. Ainda assim, manicômios operavam com péssima estrutura e poucos profissionais, além de isolarem os pacientes de seus parentes, em internações que poderiam resistir a vida toda. Denúncias de tortura não eram raras. Uma novidade abordagem começou na dez de 1980, mas foi em 2001 que esse padrão foi reformulado. A Reforma Psiquiátrica proibiu a internação em instituições com características de asilo.
— O desvelo em liberdade traz abordagens mais coletivas, o uso de tecnologias leves, trabalhos em grupos. Nise da Silveira traz exemplos fantásticos, porquê o uso da arte e a inclusão das famílias — lembra Alessandra Almeida, presidente do Recomendação Federalista de Psicologia (CFP). — As abordagens nem são tão novas. Mas novas a partir do instituto da lei.
Hoje, o principal serviço público de protecção das demandas de saúde mental dos brasileiros, incluindo as decorrentes do uso de álcool e drogas, são os centros de atenção psicossocial, com 3.061 unidades com equipes multiprofissionais.
A atenção peculiar aos jovens alcança outras áreas: em São Paulo, os professores da rede estadual foram capacitados para ficarem atentos a sinais e dar pedestal e protecção aos alunos. Ação similar foi implementada em Teutônia (RS). Outra foi a atualização da norma que acrescenta as questões psíquicas aos riscos ocupacionais a serem prevenidos pelas empresas. No Brasil, os afastamentos associados à saúde mental aumentaram 134% de 2022 a 2024, segundo a ONU.
— Essa particularidade de sinergia com outros campos é muito potente na saúde mental — observa Flavio Álvares, assessor técnico do Recomendação Vernáculo de Secretarias Municipais de Saúde.
Em relação a terapias, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo, destaca que os medicamentos e tratamentos do Brasil são “de primeiro mundo”, mas ainda restritos à rede privada.
— Temos a estimulação magnética transcraniana, estimulação do tendão vago e outros procedimentos chamados de “intervenções” em psiquiatria — cita, acrescentando a eletroconvulsoterapia (ECT).
Indicada para depressão severa, tentativas de suicídio reincidentes e quadros graves de esquizofrenia, a prática ainda é confundida com o eletrochoque, que funcionava “mais porquê penalidade do que porquê tratamento”, observa Geraldo. A ECT usa uma manante elétrica baixa e é feita em envolvente hospitalar, com o paciente anestesiado.
Atividades físicas também são recomendadas, e casos mais específicos podem necessitar abordagens de outros especialistas, porquê fonoaudiólogos. No caso de ações alternativas, um exemplo de sucesso fica em em Jordão (AC), onde um projeto aproveita saberes tradicionais indígenas.
— A gente trouxe ioga, florais, aromaterapia, práticas de Ayurveda, que incluem orientações alimentares, hábitos de vida, meditações, e eles (os indígenas) trouxeram práticas ancestrais, que são os banhos de medicina, cantos, batismos, rodas, festivais — explica a médica Marcela Thiemi, que trabalha com César Roble, também médico.
Para o horizonte, Antônio Geraldo afirma que “a cartografia e os mapas cerebrais” serão a grande aposta da psiquiatria, em abordagens mais direcionadas. E os psicólogos se preparam para o progresso da perceptibilidade sintético (IA). O Serviço Vernáculo de Saúde britânico (NHS) já testa ferramentas de IA em sua rede.
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