relato impactante marca audiência pública em Minas Gerais

No início do tratamento, Helen Sampaio, mulher periférica e portadora de uma doença rara, usava o prensado vendido ilegalmente em seu bairro. “Foi esse prensado que me possibilitou estar cá agora”, disse, ao lembrar dos momentos difíceis em que enfrentou múltiplos AVCs, depressão, sofreguidão e pensamentos suicidas. A cannabis medicinal, nas palavras de Helen, foi a última esperança — e a mais eficiente.

Posteriormente anos sem conseguir falar e com mobilidade comprometida, Helen transformou sua verdade por meio da cannabis medicinal. Produziu seu próprio óleo, inicialmente com o prensado, e mais tarde, graças ao Habeas Corpus que conquistou, passou a cultivar e utilizar flores de subida qualidade. “Quase fiquei em estado vegetativo. Usei cadeira de rodas por anos. Mas a cannabis medicinal me devolveu a vida.”
Sua fala encerrou a audiência pública da Percentagem de Ensino, Ciência e Tecnologia da Parlamento Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada em 14 de junho. O evento reuniu especialistas, ativistas e parlamentares para discutir mudanças no Projeto de Lei (PL) 3.274/21, que trata do fornecimento gratuito de medicamentos à base de canabidiol (CBD) pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Cannabis medicinal no SUS: o que prevê o PL 3.274/21
A versão original do projeto obriga o SUS a fornecer medicamentos à base de CBD para tratar doenças debilitantes, beneficiando pacientes que não têm condições financeiras para importar produtos ou recorrer à Justiça.
No entanto, o substitutivo nº 2, da Percentagem de Saúde, propõe que a lei vá além, criando uma política estadual para incentivar a pesquisa sobre cannabis medicinal e prometer o chegada seguro aos tratamentos com derivados da vegetal.
Associações e o papel necessário no chegada à cannabis medicinal

Representantes de associações destacaram que a atuação dessas entidades é crucial para o chegada à cannabis medicinal. Segundo o Quadro Pátrio do Setor Associativo da Maconha Medicinal, mais de 121 milénio pacientes são beneficiados por iniciativas coletivas em todo o Brasil.
“Hoje, se milhares de pessoas são atendidas com cannabis medicinal, é graças ao trabalho das associações. O Estado precisa reconhecer essas entidades uma vez que fornecedoras legítimas de medicamentos para o SUS”, afirmou Lucas Candini Soares, vice-presidente da Angatu, em Belo Horizonte.
Entidades uma vez que a Tijucanna, sediada em Ituiutaba (MG), também relataram dificuldades com a falta de regulamentação estadual. Sua presidente, Adriana Gomes de Moraes, criticou o proibicionismo histórico que limita o chegada à cannabis medicinal, mormente entre a população mais vulnerável.
“A maioria da população brasileira tem renda muito baixa e não consegue chegada ao tratamento com a cannabis medicinal. Chegam cansadas e sem esperança. Para muitos, é a última selecção para viver com pundonor.”
Pesquisa científica com cannabis medicinal avança, apesar da falta de lei
Apesar da falta de regulamentação em Minas Gerais, universidades e associações continuam pesquisando os efeitos da cannabis medicinal. Leandro Cruz Ramires da Silva, diretor da Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Nutriz-me), apresentou dados que comprovam os benefícios do canabidiol no tratamento de epilepsia e autismo.
Estudos mostraram redução na frequência e intensidade de convulsões em crianças com epilepsia refratária. Em pacientes autistas, o CBD melhorou sintomas uma vez que insônia, comportamento invasivo e detença no desenvolvimento.
Na Universidade Federalista de Viçosa (UFV), o projeto “Banco de Germoplasma” prevê o cultivo de 5 milénio vegetação de cannabis medicinal para desenvolvimento de variedades estáveis e produção de canabinoides, mesmo sem uma legislação estadual definida.
Novidade rodada de negociações sobre cannabis medicinal na ALMG
A deputada Beatriz Cerqueira, presidente da Percentagem de Ensino e autora do requerimento da audiência pública, anunciou que o debate sobre o PL 3.274/21 seguirá para a Percentagem de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO).
Ela reforçou a prestígio da mobilização social: “O parlamento muitas vezes se contamina com preconceitos. Projetos uma vez que esse só avançam com pressão popular organizada.”
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