Alagoas segue com aumento de casos de síndrome respiratória aguda, aponta Fiocruz

O mais recente boletim InfoGripe, divulgado nessa quinta-feira (3) pela Instalação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que Alagoas está entre os estados com sinal de prolongamento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), exigência que pode ser provocada por diversos vírus respiratórios, uma vez que a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR).

De convenção com o levantamento, Alagoas figura entre as seis unidades da Federação que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou elevado risco, ao lado de Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. O prolongamento se refere à tendência de longo prazo, com privativo atenção para os casos relacionados à influenza A.

A pesquisa indica que, apesar de alguns estados do Nordeste apresentarem sinais de segurança ou queda nos casos de SRAG associados à influenza A, em Alagoas o cenário ainda é de prolongamento, principalmente entre crianças pequenas e idosos, os grupos mais vulneráveis. 

A influenza A é hoje a principal justificação de hospitalizações e óbitos por SRAG entre os idosos no país, enquanto o VSR tem maior impacto entre as crianças.

Vacinação é fundamental

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe/Fiocruz, reforça a valia da vacinação uma vez que medida preventiva. “O SUS disponibiliza a vacina contra a influenza gratuitamente para os grupos prioritários. Mesmo quem já teve gripe nascente ano deve se vacinar, pois a imunização protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”, alerta.

Ela ainda destaca que, embora haja indícios de queda em algumas regiões, a tendência de subida em estados uma vez que Alagoas exige atenção redobrada das autoridades de saúde e da população.

Quadro vernáculo

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os casos positivos de SRAG foram causados principalmente por:

• Vírus sincicial respiratório (VSR): 47,7%
• Influenza A: 33,4%
• Rinovírus: 20,6%
• Influenza B: 1,1%
• Sars-CoV-2 (Covid-19): 1,8%

Entre os óbitos, a influenza A também lidera:

• Influenza A: 74,1%
• VSR: 14,1%
• Rinovírus: 10,2%
• Influenza B: 1,3%
• Sars-CoV-2: 3,1%

Foto de Revestimento: Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)