Após se curar da depressão com cannabis, Veruska Donato trata cachorrinha com câncer terminal com a planta

Após se curar da depressão com cannabis, Veruska Donato trata cachorrinha com câncer terminal com a planta

O corpo franzino da Swatch, uma bulldog francesa branquinha, parecia gritar por socorro muito antes das palavras encontrarem espaço. A jornalista Veruska Donato, tutora do bicho, percebeu o recado sombrio vindo do olhar, das costelas aparecendo sem aviso e da barriguinha inchada que não combinava com a vitalidade que sempre definiu sua filha de quatro patas. 

 

Swatch, que tem o porte mais fortinho, ficou com as costelas aparecendo, devido ao cancro | Foto: Registro Pessoal

 

O susto foi subitâneo, mas o desfecho, inesperadamente, acabou sendo um invitação à reinvenção: uma vida novidade, mesmo que breve, feita de mais presença e menos dor e com a cannabis medicinal porquê aliada.

Uma parceira para todas as estações da vida

São mais de dez anos de convívio intensa, histórias vividas em conjunto e uma relação que se entrelaça com marcos da própria existência de Veruska. “Ela é um dos últimos elos que mantenho com uma vida que criei em São Paulo”, diz a jornalista que saiu da capital paulista para voltar às origens em sua terreno natal, no Mato Grosso do Sul.

 

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Veruska e a filha, Carol, construíram memórias incríveis com os bichinhos da lar | Foto: Registro Pessoal

Nas mudanças de cidade, nas despedidas, nas ausências da filha em intercâmbio, foi Swatch quem permaneceu. “Arrumava as malas, carregava o sege, punha a cadeirinha dela e a gente partia pra estrada. Praia, herdade, catadupa. Sempre juntas”, lembra a tutora com carinho.

Com a confirmação do diagnóstico de cancro invasivo e inoperável, o soalho pareceu ruir. A despedida, que pairava porquê uma sombra, ganhou contornos reais. “Passei uma semana chorando, meio que me despedindo, embalei ela no pescoço, falei que podia ir se quisesse… Mas agora, ela tá tão muito que parei de desejar a morte. Hoje, eu só libido mais vida”.

Cannabis: um sopro de esperança no meio da tempestade

 

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Swatch obteve melhora com o óleo canabidiol | Foto: Registro Pessoal

A decisão de não submetê-la a tratamentos invasivos veio do paixão e do saudação. A teoria era clara: zero que significasse sofrimento. “Eu disse à veterinária que não queria que ela sentisse dor. Foi aí que ela falou da cannabis. E na hora eu achei uma ótima teoria”, comenta.

O que parecia uma aposta incerta revelou-se um bálsamo. Em pouco tempo, Swatch, que tremia, não conseguia permanecer de pé e rejeitava até o toque, voltou a subir nos móveis, dar pulinhos e, segundo Veruska, voltou a sorrir. “Ela tá feliz. E isso, pra mim, é o que importa”.

Veruska, que já havia pesquisado a cannabis para tratar sua própria depressão, viu na vegetal uma novidade linguagem de desvelo. “Na minha pequena não teve quase zero de efeitos colaterais. Tenho falado para todas as pessoas que conheço. Meu marido, que era super cético, se convenceu vendo o resultado com os próprios olhos”, diz.

A vida entre os espaços de um ‘verosímil’ adeus

Mesmo diante do prognóstico quebrável e das incertezas, Veruska se permite sonhar. Não com a tratamento, mas com a permanência. Sem saber do horizonte e sobre o potencial da cannabis no tratamento da Swatch, Veruska dá o recado: “Tenho falado para todas as pessoas que conheço e aconselhado, já que não é um resultado custoso e é muito tranquilo de usar… Espero que essa reportagem também ajude outras pessoas a enxergarem”. 

Swatch, ciumenta, sensível, amorosa e profundamente ligada à sua tutora, segue porquê testemunha silenciosa dos ciclos da vida. Já a cannabis, antes envolta em estigma, tornou-se símbolo de uma despedida adiada e, quem sabe, até reinventada.

“Companheira”, resume Veruska, quando questionada sobre o que a filha peluda representa em sua vida. Uma vocábulo só, mas que ecoa milénio histórias.

 

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“…ela tá tão muito que parei de desejar a morte. Hoje, eu só libido mais vida”, disse Veruska sobre a sua companheira de tantos anos | Foto: Registro Pessoal

 

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