A solidariedade dos mato-grossenses tem feito a diferença na luta contra doenças graves. Até junho de 2025, 70.271 pessoas estão cadastradas no Registro Brasiliano de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), contribuindo com a esperança de pacientes que aguardam por um transplante.
O número de cadastros no MT Hemocentro — único banco de sangue público do estado — vem crescendo ano a ano. Entre janeiro e maio de 2025, foram 486 novos registros, superando os 387 no mesmo período de 2024. No reunido do ano pretérito, 1.139 voluntários se inscreveram, contra 940 em 2023 e 779 em 2022.
Esse progresso é fruto de ações uma vez que o IX Encontro de Conscientização sobre a Doação de Medula Óssea, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), e do esforço da equipe do Hemocentro para informar e hospedar possíveis doadores.
Apesar dos bons números, a compatibilidade ainda é um grande duelo. Em 2024, foram detectadas exclusivamente 67 compatibilidades a partir dos cadastros realizados em Mato Grosso. “Quanto mais pessoas se cadastrarem, maiores são as chances de encontrar um doador conciliável em qualquer secção do mundo”, destaca o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
O diretor do MT Hemocentro, Fernando Henrique Modolo, lembra que ainda há terror e desinformação sobre o processo de doação. “Muita gente acha que é alguma coisa doloroso ou perigoso, mas nossa equipe está preparada para orientar e esclarecer todas as dúvidas”, reforça.
Uma vez que funciona o cadastro?
O cadastro é simples: o interessado deve ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e apresentar um documento solene com foto. Basta comparecer ao MT Hemocentro, onde será feita a coleta de uma pequena exemplar de sangue (5 ml) para o revista de tipagem HLA (antígenos leucocitários humanos). A partir daí, o nome do voluntário passa a criar o Redome até os 60 anos.
Caso seja encontrada uma compatibilidade, o doador é convocado e passa por novidade bateria de exames. A doação, quando confirmada, geralmente ocorre na cidade onde o paciente está em tratamento — em caso de doações internacionais, o procedimento é feito em São Paulo ou no Rio de Janeiro, sem custos para o doador.
“Vale a pena salvar uma vida”
Quem já passou por essa experiência garante que o gesto vale a pena. A assistente fiscal Lorena Rosa de Araújo, de 24 anos, se cadastrou em 2020 e foi chamada dois anos depois. Ela doou a medula no Real Hospital Português, em Recife.
“Foi tudo muito tranquilo. Fiz os exames, fui anestesiada e a medula foi coletada do osso da bacia. Não tive dores nem desconfortos. Me recuperei super muito”, contou. “Saber que pude dar a alguém uma novidade chance de vida foi emocionante. É um ato de paixão que transforma.”
Onde se cadastrar?
A sede do MT Hemocentro fica na Rua 13 de Junho, nº 1.055, bairro Núcleo-Sul, em Cuiabá. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h.
Para mais informações, basta procurar a equipe da unidade, que está pronta para orientar e hospedar quem quer fazer secção dessa rede de solidariedade.
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