Sabemos que o brasílio “sempre dá um jeitinho”, mas quando essa negligência se manifesta na falta de vacinação adequada dos pets, ultrapassa limites. A pouquidade de vacinação na período de filhote e ao longo da vida pode trazer consequências graves ao bicho — uma delas é a perpetuação de doenças infectocontagiosas, uma vez que a cinomose.
A cinomose canina é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus CDV (Canine Distemper Virus), que acomete cães domésticos. O vírus possui poderoso capacidade imunossupressora, levando a graves manifestações neurológicas e sistêmicas. A transmissão ocorre por meio de secreções e excreções de cães e outros animais infectados.
Em filhotes, a pouquidade de proteção vacinal permite que o vírus se multiplique e se dissemine de forma sistêmica e neurológica. A revelação neurológica é a mais severa, pois envolve a replicação viral nos neurônios e células da glia, que entre as diversas funções desempenham o papel de preservação e nutrição dos neurônios. A revelação neurológica da doença pode ocasionar necrose na substância cinzenta e desmielinização na substância branca do cérebro.
Isso resulta em movimentos involuntários e até pode levar o paciente ao quadro de coma. Ou seja, quando a doença não evolui para o óbito, geralmente deixa sequelas que influenciam negativamente na qualidade de vida do bicho. O pior é que o tratamento disponível não é específico, limitando-se ao manejo dos sinais clínicos apresentados.
É nesse contexto que a Cannabis pode ter um papel importante. Embora alguns já discutam sobre a possibilidade de utilização da Cannabis durante a período ativa da doença, ela pode ser considerada uma vez que uma opção para diminuir as sequelas deixadas por essa doença tão tenebrosa. Veja dois casos atendidos no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federalista de Santa Maria (HVU-UFSM) e tratados com óleo de cannabis.
Caso 1. Mioclonia
Uma cadela de um ano de idade e sem raça definida (SRD) foi adotada por um parelha que percebeu a influência negativa da sequela de cinomose na qualidade de vida do bicho.
A mioclonia consiste em movimentos musculares involuntários, rápidos e súbitos. Os tratamentos convencionais geralmente envolvem acupuntura, fisioterapia, uso de medicamentos para controle dos espasmos ou terapia com células-tronco.
Embora o bicho não apresentasse alterações comportamentais, os tutores percebiam limitações nas atividades diárias uma vez que dificuldade para se cevar, subir no sofá ou na leito, além da dificuldade para desviar de obstáculos no pavimento, uma vez que brinquedos ou até um simples degrau.
Na era, não tínhamos aproximação a um óleo rico em THC ou equilibrado para ter um maior efeito neuromodulador. Dessa forma, foi ofertado um óleo de Cannabis de vasto espectro rico em canabidiol (CBD) 4%. Logo na primeira semana de tratamento, foi notado uma significativa subtracção da mioclonia.
Ou por outra, ao longo do tratamento, o bicho apresentava uma evolução contínua apresentando uma maior facilidade para se cevar, desviar de obstáculos, além de conseguir subir e descer do sofá e da leito – uma vez que nunca havia conseguido antes.
Sabemos que o cortisol atua uma vez que modulador negativo do sistema endocanabinoide (SEC), vestuário observado também nessa paciente. A paciente foi levada à praia pelos tutores durante uma viagem, mas se familiarizou com o sítio. Dessa forma, o caso galeno regrediu e a paciente retornou a apresentar algumas limitações.
Para tentar reativar o SEC, foi feita uma pausa no tratamento canábico e, uma semana depois, retornamos ao tratamento de forma gradual. Porém, dessa vez, a evolução do caso galeno não foi tão significativa e satisfatória uma vez que anteriormente, mas o bicho já não apresentava limitações na sua vida diária, o que deixou os tutores satisfeitos da mesma forma. O tratamento foi mantido por um ano e interrompido, mantendo a qualidade de vida do bicho sem regressões desde logo.
Caso 2. Disfunção locomotora
Uma cadela com onze meses de idade e SRD, com histórico de ter contraído a doença de cinomose anteriormente, apresentava uma vez que sequela a dificuldade para caminhar (ataxia), por isso tinha um andejar cambaleante. O bicho já havia pretérito por tratamento com fenobarbital e fisioterapia, porém sem resposta satisfatória, incluindo eletroterapia em nível supremo sem resposta. O caso era considerado irreversível por diversos profissionais.
A cannabis foi utilizada depois tentativa de outros tratamento que não apresentaram a resposta esperada; Veja o vídeo:
A tutora também relatava que o bicho apresentava excitação e vocalização intensa à noite, o que levou à récipe de óleo de Cannabis de vasto espectro rico em CBD 3%, associado à fisioterapia domiciliar.
Durante o tratamento, houve episódios de retorno clínica em que a eutanásia foi recomendada por três médicos veterinários, mas a tutora manteve a esperança principalmente pelo bicho manter um bom gosto.
Quatro meses depois o início da terapia canábica, a tutora nos encaminhou um vídeo em que o bicho não unicamente caminhava, mas também corria livremente brincando com outro bicho.
Veja os benefícios da cannabis para o bicho com sequelas da cinomose:
Frente à possibilidade do bicho poder se locomover livremente, o perfil de óleo foi trocado para um equilibrado 3%, ofertado por mais um ciclo de tratamento.
Atualmente, o bicho mantém-se seguro e não necessita de tratamento contínuo.
A cinomose permanece endêmica no Brasil, apesar da disponibilidade de vacinas eficazes. Frente a essa verdade, o óleo de Cannabis pode simbolizar uma opção terapia para as sequelas da cinomose, evitando assim a eutanásia de animais e oferecendo assim qualidade de vida digna aos animais sobreviventes e tranquilidade aos seus tutores.
Source link
#Cannabis #tratamento #uma #doença #grave #acomete #nossos #cãezinhos