Projeto sobre cannabis medicinal será apreciado em extraordinária

Posteriormente receber uma emenda e ter sido retirado de taxa na sessão ordinária de quinta-feira (12) passada, o projeto que implanta a Política Municipal de Uso de Cannabis Para Fins Medicinais (PMUCFM) será votado em sessão extraordinária marcada para ter início às 11h de hoje (17). A material, de autoria do vereador Fábio Simoa (Republicanos), é a sexta da ordem do dia. Além dela, constam outras sete propostas na taxa.
Simoa explica que a política municipal tem o objetivo de proporcionar maior aproximação à saúde e atendimento adequado aos pacientes com epilepsia, transtorno do espectro autista, esclerose, Alzheimer e fibromialgia, entre outros transtornos, síndromes ou doenças.
Para isso, acrescenta o parlamentar, o projeto deve contemplar a melhoria das condições de saúde, promover aproximação aos tratamentos de forma mais eficiente e com insignificante dispêndio, além de promover sistemas justos e sustentáveis de produção, distribuição e comercialização de medicamentos a base de cannabinoides, entre outros pontos.
O projeto tramita há três anos no Legislativo e tem gerado diversas discussões. Na sessão ordinária da quinta-feira passada, por exemplo, um debate causou polêmica no plenário. A proposta seria votada em primeira discussão. No entanto, Rafael Militão (Republicanos) apresentou uma emenda — desta forma, a material foi retirada de votação para estudo jurídica. Pacientes e mães atípicas que acompanhavam a sessão protestaram. O projeto já havia recebido outras emendas anteriormente, de autorias do logo vereador Vinicius Aith, hoje secretário municipal de Inclusão e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Na expectativa
Mães, familiares e pacientes devem participar da sessão extraordinária com o propósito de escoltar a votação. Uma delas, a representante mercantil Denise de Camargo, que faz uso do medicamento para tratar impaciência e uma doença dermatológica. Para ela, se o projeto for reconhecido e, posteriormente, se tornar lei municipal, irá ajudar as pessoas a ter aproximação ao tratamento que, atualmente, custa custoso.
“Logo, essa aprovação é uma vitória necessária para prometer às pessoas o aproximação ao tratamento do cannabidiol pela rede SUS, tanto para a epilepsia, uma vez que autismo, fibromialgia, depressão, que a gente está com inúmeros casos hoje em dia. Mais do que a regulamentação, com aprovação deste projeto, eu também preciso prometer o orçamento para o município implementar isso”, complementa o vereador Fábio Simoa.
A esteticista bicho Andressa Berloto Shynaider também faz uso do medicamento, assim uma vez que o seu fruto de 4 anos que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Conforme ela, foi verosímil ver resultados por meio do tratamento. “Depois do canabidiol meu fruto destravou a fala, ele não comia pizza, não comia pão, não tomava leite e hoje ele come pizza, pão e aceita o leite. É uma medicina”, afirma.
Por sua vez, a gerente de transacção exterior Juliana Andrade da Silva utiliza cannabis medicinal há cinco anos devido ao diagnóstico de lúpus, fibromialgia e dor crônica insanável. Ela conta que esta foi a única escolha que a proporcionou qualidade de vida. “Estou há três anos em processo judicial para conseguir o fornecimento do medicamento pelo SUS e até hoje não recebi”, lamenta. “Eu não sou a única: muitos pacientes cá em Sorocaba já têm récipe médica, mas não conseguem aproximação à medicação por desculpa do tá dispêndio.”
Juliana acredita que o projeto pode ajudar. “Peço que a população de Sorocaba esteja presente na votação para que possamos pressionar os vereadores a confirmar esse projeto de uma vez por todas. É um apelo de quem luta pela própria vida e pela vida de muitos outros pacientes.”
Mais sete propostas serão apreciadas
Além do projeto sobre o uso de cannabis para fins medicinais, outros sete serão apreciados na sessão extraordinária prevista para hoje (17). Quatro são de autoria Executivo. Um deles, altera dispositivos da Lei nº 5.271, de 21 de novembro de 1996, que trata da estrutura dos cemitérios. Entre as medidas, está a inclusão expressa dos crematórios. Segundo o Executivo, embora já houvesse previsão lítico, faltava nitidez no cláusula correspondente. O texto também retira a exigência de sala de necrópsia nos crematórios, já que esta atividade é exclusiva do Instituto Médico-Permitido (IML).
A proposta ainda autoriza crematórios para animais, mediante aprovação sanitária e urbanística, e revoga a exigência de espaço virente mínima de 20 milénio metros quadrados, considerando os avanços tecnológicos nos sistemas de controle de poluentes. Também regulamenta a cremação de ossadas não reclamadas, depositadas em ossuários de cemitérios públicos ou particulares.
Por término, permite que cemitérios classificados uma vez que “parque” ou “jardim” implantem estruturas verticais, uma vez que gavetas e columbários, desde que mantenham o paisagismo e atendam às normas sanitárias, ambientais e urbanísticas. Sepulturas revertidas ao patrimônio público poderão ser usadas uma vez que ossuário coletivo, respeitando critérios técnicos.
Outras matérias
Também do Executivo, será votado o projeto que anula dotações da Câmara, no valor de R$ 4 milhões, para preâmbulo de crédito suplementar talhado ao sistema viário e à política urbana.
Outra material autoriza a permuta de um imóvel do município com um muito pessoal para a instalação de equipamento voltado ao atendimento de pessoas em situação de rua. O imóvel fica na avenida Pereira Inácio, próximo ao Núcleo e à rodovia Raposo Tavares. No lugar funcionava o Núcleo de Atenção Integral à Saúde (Nais), que reunia programas e ações sociais. Diante disso, a prefeitura avaliou a compra do imóvel por meio de permuta.
O Executivo também apresenta o projeto que institui o Projecto Municipal da Pessoa Idosa para o período de 2025 a 2028, elaborado com base no relatório final do Grupo de Trabalho do Parecer Municipal da Pessoa Idosa, depois reuniões virtuais e presenciais entre agosto e dezembro de 2024, na Secretaria da Cidadania.
Trabalho infantil
Entre as propostas de autoria dos vereadores, está uma de Cláudio Sorocaba (PSD), que institui a Política Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco na eliminação de todas as formas dessa prática, se alinhando a diretrizes nacionais e internacionais.
Também será votado o projeto de Caio Oliveira (Republicanos), que estabelece política pública para ampliar vagas em creches municipais para crianças de 4 meses a 3 anos. A proposta autoriza o Executivo a firmar convênios e contratos de locação de imóveis para atender bairros com maior déficit de vagas.
Encerrando a taxa, será votado o projeto de decreto legislativo de Fausto Peres (Podemos), que cria o Selo “Empresa Amiga do Motoboy”, a ser outorgado pela Câmara às empresas que contribuírem com o bem-estar desses profissionais.
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