Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

Canabidiol reduz crises em casos graves de epilepsia, aponta estudo da USP

Canabidiol reduz crises em casos graves de epilepsia, aponta estudo da USP

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), murado de 2% da população mundial vive com epilepsia, uma síndrome neurológica caracterizada por crises espontâneas e recorrentes, que podem variar conforme as áreas cerebrais afetadas.

O tratamento nem sempre é simples: em casos de resistência a medicamentos convencionais, o canabidiol (CBD) tem surgido porquê escolha promissora.

Um estudo de revisão sistemática transportado por Bruno Fernandes Santos, doutor pela Faculdade de Medicina da USP, analisou dados de seis estudos publicados em bases científicas.

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Pesquisa reforça eficiência do canabidiol em pacientes com epilepsia – Imagem: hanohiki/Shutterstock

Os resultados, divulgados na revista Acta Epileptologica, mostram que o CBD proporcionou uma redução de 41% nas crises epilépticas — mais que o duplo da resposta observada com placebo (18,1%).

“O canabidiol trouxe um favor suplementar, reduziu significativamente o número de crises em pacientes refratários, uma melhoria na qualidade de vida e outros benefícios secundários”, afirmou Santos ao Jornal da USP.

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Diferença entre crise epiléptica e convulsão

  • Apesar das evidências, o pesquisador lamenta a falta de políticas públicas amplas: “Desconheço iniciativas federais. Não tem um projecto federalista quanto a isso, o que limita as alternativas dos pacientes que vivem com epilepsia refratária hoje.”
  • A epilepsia tem causas diversas — de tumores a degenerações porquê a esclerose mesial temporal, que afeta o hipocampo.
  • Santos também diferencia convulsão de crise epiléptica: “Convulsão é o fenômeno motor, mas nem toda a crise epiléptica é convulsão.”
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Responsável do estudo destaca lacunas na oferta do tratamento pelo SUS – Imagem: YARphotographer/Shutterstock

Porquê o canabidiol atua para melhorar crise epilépticas

O CBD atua via sistema endocanabinoide, identificado em 1992, que regula processos porquê dor, gosto e humor. O formado parece reduzir a excitabilidade cerebral, elevando o limiar para convulsões.

“É uma lógica semelhante à das medicações comuns, só que por outra via”, explica o médico. “As medicações clássicas bloqueiam canais de sódio, o canabidiol age por receptores específicos.”

Embora o CBD também seja estudado para outras condições, porquê dor crônica e distúrbios do sono, Santos adverte contra o uso indiscriminado:

“Temos que ter desvelo para não encontrar que é uma solução de todos os males. Um médico profissional em uma ‘arma’ vai tentar encaixar aquela mesma ‘arma’ em várias enfermidades”, diz o médico.

Por término, o pesquisador defende que a discussão sobre o uso do CBD seja orientada pela ciência, e não por modismos ou disputas ideológicas: “Quando fugimos da ciência, fica uma questão política baseada em achismos.”

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Estudo indica redução média de 41% nas crises convulsivas e defende ampliação do uso médico do CBD fundamentado em evidências – Imagem: shutterstock/PanuShot


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