Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

Você tem TOC? Veja como a cannabis medicinal pode ser uma aliada

Você tem TOC? Veja como a cannabis medicinal pode ser uma aliada

No universo taciturno e angustiante do TOC – Transtorno Obsessivo-Compulsivo, cada pensamento intrusivo e cada ritual repetitivo pode ser um travanca entre a pessoa e uma vida com mais leveza. Mas um novo estudo realizado no Reino Uno reacende uma labareda de esperança: a cannabis medicinal pode ser uma aliada real, segura e eficiente no consolação de sintomas uma vez que impaciência, depressão, insônia e sofrimento psíquico.

Um levantamento, considerado o maior já feito sobre o uso de maconha medicinal no tratamento do TOC, acompanhou 257 pacientes durante três meses e mostrou resultados animadores. Segundo os pesquisadores da Drug Science, os participantes relataram “melhoras substanciais” na qualidade de vida universal, no sono e no humor, além da redução significativa dos sintomas de impaciência.

Um novo olhar para um velho sofrimento

“O TOC é um transtorno que, dependendo da intensidade, pode ser absolutamente incapacitante”, explica o psicólogo médico Lauro Pontes, pós-doutorando em traumas emocionais. “Ele ocupa a mente da pessoa o tempo todo. Há quem chame de manias, mas quando se agrava, pode impedir a pessoa de viver com autonomia e bem-estar”.
 

Ainda segundo Pontes, muitos pacientes demoram a perceber que sofrem de TOC. “Muitas vezes, são os familiares que notam primeiro. O diagnóstico e a procura por tratamento só começam quando a pessoa aceita que precisa de ajuda”, diz. E esse é um dos pontos mais sensíveis no tratamento de transtornos mentais: o reconhecimento e a vontade de mudar.

Cannabis x TOC: o que mostrou o estudo britânico?

Transportado por clínicas privadas especializadas em cannabis medicinal, o estudo observacional no Reino Uno revelou que quase 74% dos pacientes usaram flores com predominância de THC. Outros optaram por produtos com estabilidade entre THC e CBD, ou formulações ricas em CBD. A estudo não comparou diretamente a eficiência de cada resultado, mas indicou que a maior secção das prescrições foi com foco no THC, o que pode indicar a preferência médica ou a disponibilidade no mercado.

Mesmo com unicamente 17 dos 257 participantes tendo TOC uma vez que diagnóstico principal (os demais tinham a requisito uma vez que comorbidade), os resultados foram semelhantes entre os grupos: melhoras notáveis em aspectos emocionais, sociais e físicos. Unicamente 5,7% relataram efeitos colaterais leves, o que aponta para um perfil de segurança favorável.

TOC: demais estudos

Segundo Lauro Pontes, embora ainda não haja uma revisão sistemática focada exclusivamente no uso de cannabis para TOC, a literatura científica já oferece indícios promissores. “Em 2008, um estudo com relatos de casos mostrou melhora significativa em pacientes tratados com dronabinol, um derivado do THC. E mais recentemente, em 2021, uma pesquisa com 87 indivíduos indicou redução das compulsões, pensamentos intrusivos, que são muito comuns no TOC, e da impaciência, com o uso de doses um pouco mais elevadas de CBD”, explica.

 

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Segundo Lauro Pontes, a cannabis é uma opção facilitar no tratamento do TOC | Foto: Sechat

Ele destaca que, apesar da falta de consenso definitivo, os estudos existentes oferecem um caminho relevante. “Ainda não temos uma revisão sistemática só para TOC, mas já há revisões muito estruturadas para o uso de THC e CBD no tratamento da impaciência, que frequentemente está associada ao transtorno obsessivo-compulsivo”.

Porquê a cannabis atua no TOC?

A explicação está no sistema endocanabinoide, responsável por regular funções uma vez que sono, humor, impaciência e percepção da dor. “Temos evidências de que tanto o THC quanto o CBD atuam na subtracção da compulsão, da preocupação e do sofrimento psíquico. O importante é encontrar a ração correta e ter um comitiva profissional contínuo”, afirma Lauro Pontes.

Ele alerta que doses muito altas de THC podem, em alguns casos, frisar as manias. “Por isso, a modulação correta é importante. Quando muito dosada e acompanhada, a cannabis pode até substituir medicamentos pesados usados hoje unicamente de forma paliativa”, completa.

Para o técnico, a cannabis medicinal deve ser considerada uma utensílio complementar,  não isolada, no tratamento do TOC. “A psicoterapia é indispensável. O tratamento ideal é o conjunto: psicólogo e médico trabalhando juntos. E, simples, a cannabis pode entrar uma vez que coadjuvante para ajudar no processo”, explica Pontes.

Apesar dos avanços, ainda não é verosímil declarar que a cannabis medicinal seja oficialmente eficiente para tratar o TOC, pelo menos até que sejam realizados ensaios clínicos randomizados. Mas estudos uma vez que levante reforçam o que muitos pacientes já sentem na prática: consolação.

“A ciência ainda está desenhando o melhor caminho, mas esses dados abrem uma trilha promissora”, diz Pontes. “O que precisamos agora é de mais pesquisa, regulamentação e formação profissional para que os tratamentos sejam aplicados com segurança e justiça.”

Enquanto isso, para quem convive com a tormenta diária do TOC, cada novidade evidência uma vez que essa representa um tanto mais poderoso do que qualquer protocolo: a esperança.
 

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