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Saiba por que uso de cannabis por idosos cresce 46% em dois anos

Saiba por que uso de cannabis por idosos cresce 46% em dois anos

Eles já viram o mundo mudar muitas vezes. Viram as guerras e as pazes, os amores e as partidas, os vinis e os streamings. E viram também seu grupo populacional crescer, deixando de ser a menor fita etária no país. Agora, no Brasil, as pessoas com 65 anos ou mais representam 10,9% dos brasileiros (22.169.101), segundo o Recenseamento 2022. Já o grupo com 60 anos ou mais corresponde a 15,6% (32.113.490), ultrapassando a fita etária entre 14 e 24 anos, que representa 14,89% da população.

Esses adultos, que nos últimos 12 anos cresceram mais de 50% em número, estão redescobrindo uma velha conhecida da natureza: uma vegetal com nome científico Cannabis sativa L., mas popularmente conhecida — e por muito tempo discriminada —  chamada de maconha. A expressividade desse grupo também labareda a atenção em uma “novo” mercado que cresce fora das nossas fronteiras. 

Uma estudo recém-publicada no JAMA Internal Medicine, conduzida por pesquisadores do Meio de Pesquisa sobre Uso de Drogas e HIV/HCV (CDUHR) da NYU, revelou que o uso de cannabis entre adultos mais velhos nos Estados Unidos atingiu um novo recorde: 7% dos idosos relataram ter usado a vegetal no último mês. Para além do oferecido cru, há uma transformação cultural, social e geracional em curso.

Novos tempos, novos hábitos

Em 2021, esse número era de 4,8%. No ano seguinte, subiu para 5,2%. Em 2023, o salto foi significativo: quase 46% de aumento em exclusivamente dois anos. Se voltarmos ainda mais no tempo, entre 2006 e 2007, menos de 1% dos idosos haviam usado cannabis no ano anterior. Hoje, não exclusivamente usam mais, mas usam com mais frequência e consciência.

“Esta é a primeira vez que conseguimos examinar o uso atual de cannabis nessa fita etária. Antes, os dados eram muito escassos”, contou o geriatra e pesquisador Benjamin Han, da Universidade da Califórnia em San Diego, que assina o estudo porquê primeiro responsável.

Quem são os novos usuários prateados

O perfil desses idosos também está mudando. São mulheres, homens, casais, aposentados com ensino superior, boa renda e mais chegada à informação e à legalização. Estão em estados onde o uso medicinal (e muitas vezes também recreativo) da vegetal é permitido. E sim, estão em procura de qualidade de vida, de refrigério para dores crônicas, de mais autonomia.

Mulheres mais velhas, historicamente menos associadas ao uso da cannabis, aparecem agora com aumento significativo no consumo. Mas os homens ainda lideram. “Há uma mudança clara nos padrões de uso, impulsionada também pela legalização social e pela regulamentação mais favorável”, destaca Joseph Palamar, coautor do estudo.

Cannabis para idosos: a dor pede refrigério

Um dos achados mais sensíveis da pesquisa diz saudação ao prolongamento do uso entre idosos com doenças crônicas, porquê problemas cardíacos, diabetes, cancro, hipertensão e DPOC. E mais: muitos deles convivem com múltiplas condições de saúde simultâneas e a cannabis surge porquê uma opção (ou um complemento) às terapias tradicionais.

“O que vemos no consultório é o revérbero do que a ciência começa a mensurar”, diz Han. “Cada vez mais pacientes me perguntam sobre a cannabis. Mas é importante orientá-los muito, porque o envelhecimento também torna o organização mais sensível aos efeitos psicoativos.”

O estudo reforça a urgência de os médicos abordarem o tema de forma ocasião e informativa, reconhecendo o aumento do interesse e uso entre os mais velhos. Por fim, a decisão de um idoso em usar cannabis raramente é leviana: ela vem carregada de dor, de tentativas frustradas, de procura por conforto. E, agora, também de dados.
 

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Com informações de Cannabis Health.

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