A dor de quem precisa não espera. E é em nome de tantas pessoas que hoje encontram na cannabis medicinal uma chance real de consolação que a deputada estadual Larissa Gaspar (PT) tem enfrentado uma vaga de ataques políticos e pessoais nas últimas semanas. Coautora de um Projeto de Lei (PL) que propõe a regulamentação da distribuição da cannabis medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS) do Ceará, a parlamentar tem sido escopo de críticas por tutelar, inclusive, a participação de famílias e pacientes na última edição da Marcha da Maconha, realizada em maio.
“Grupos reacionários da extrema-direita querem usar essa tarifa para nascer e impedir o chegada à saúde. O preconceito não pode ser maior que o recta à saúde”, disparou Larissa.
Mais do que um projeto de lei, uma urgência social
O PL, de autoria do deputado Renato Roseno (Psol) com coautoria de outros cinco parlamentares, prevê a distribuição gratuita de medicamentos à base de cannabis pelo SUS, o incentivo à formação de associações de cultivo e o fomento à pesquisa científica sobre o tema. A proposta já teve parecer favorável na Percentagem de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e agora segue para estudo das comissões técnicas antes de ir ao plenário.
Apesar dos ataques e da tentativa de vincular sua imagem ao uso recreativo da vegetal, Larissa tem sido firme: sua resguardo é clara e restrita ao uso medicinal da cannabis. “Já fui chamada de tudo. Mas não vou me partir. A direita pode espernear, se fantasiar, me esculhambar nas redes sociais. Eu não vou transfixar mão da resguardo pela vida”, afirmou.
Quando o preconceito atrasa o zelo
Não é de hoje que o debate em torno da cannabis medicinal no Brasil é atravessado por desinformação e estigmas. Para a deputada, a estratégia da oposição tem sido plantar pânico moral, distorcendo os objetivos do projeto. Ela cita o exemplo de estados uma vez que São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais, governados pela direita e extrema-direita, que já regulamentaram a distribuição da medicação. “Não faz sentido que esses estados tenham avançado e o Ceará fique para trás por pura ideologia, enquanto pessoas sofrem esperando uma opção de tratamento”, disse.
Durante uma audiência pública realizada em 2023 sobre o projeto, Larissa relembra com emoção o relato de uma mãe que lutava há anos por uma solução para o rebento, diagnosticado com transtorno do espectro autista (TEA), nível de suporte três. “Ela já tinha pretérito pelos melhores neuropediatras. O menino, com doença rara associada, não falava. Com 15 dias de uso da cannabis medicinal, ele começou a falar”, contou.
A párvulo usava medicamentos fortes, uma vez que ritalina e risperidona, há mais de seis anos, sem resultados satisfatórios. “Está mais do que comprovado, cientificamente e pela prática das pessoas que fazem uso, que há um salto significativo na qualidade de vida dos pacientes”, destacou a parlamentar.
Conforto que chega em gotas
De roupa, os canabinoides, uma vez que CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol), têm sido usados com eficiência no tratamento de epilepsia, dor crônica, sofreguidão, Parkinson, cancro, fibromialgia, TDAH, depressão e TEA, entre outras condições. Mas o chegada à medicação ainda é restrito, dispendioso e burocrático.
Por isso, para Larissa, a aprovação do PL representa mais do que uma vitória política. É a chance de dar visibilidade a quem quase nunca tem voz: mães, pais, avós, cuidadores e pacientes que convivem com o sofrimento quotidiano e que precisam ser ouvidos pelas instituições públicas.
Apesar das críticas, Larissa acredita que o estrondo causado pela oposição pode ser um tiro no pé. “Você passa a ter uma mobilização maior das pessoas que necessitam da medicação. Elas se sentem chamadas a se posicionar”, avaliou.
Recentemente, o ex-senador Eduardo Suplicy, também protector da tarifa e usuário da medicação, esteve em Fortaleza e reforçou a preço da aprovação do projeto.
Caso seja revalidado pela Parlamento Legislativa, o PL segue para a sanção do governador Elmano de Freitas (PT). “Penso que o governador entenda essa preço e esteja ao lado de quem mais precisa”, concluiu a deputada.
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