Justiça libera farmácia de manipulação para vender produtos com cannabis e critica reserva de mercado

247 – A Justiça de São Paulo autorizou a farmácia Nitratus Homeopatia e Manipulação, localizada em Mogi das Cruzes, na região metropolitana da capital, a fabricar e vender produtos à base de cannabis sativa. A decisão foi proferida em 27 de maio pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e impede que a Vigilância Sanitária municipal aplique qualquer tipo de sanção à empresa por esse motivo, informa Rogério Gentile, da Folha de S. Paulo.
A farmácia ingressou com ação preventiva alegando que a regulamentação da Sucursal Vernáculo de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a comercialização de derivados da cannabis unicamente por farmácias convencionais, excluindo as de manipulação. Para a empresa, essa diferenciação fastio os princípios constitucionais da isonomia e da livre concorrência, criando uma “odiosa diferenciação”.
Durante o processo, a Vigilância Sanitária de Mogi defendeu que a restrição imposta pela Anvisa decorre do reconhecimento do “cimeira risco” da substância e foi resultado de discussões técnicas dentro da escritório reguladora, que possui conhecimento lícito para estabelecer regras nesse campo.
Entretanto, os magistrados do TJ-SP rejeitaram os argumentos da vigilância lugar. O relator do caso, desembargador Magalhães Coelho, afirmou que a norma da Anvisa institui uma “injustificada suplente de mercado em obséquio da indústria farmacêutica e de suas filiais de distribuição, as drogarias”.
Na decisão, Coelho destacou que as farmácias de manipulação estão submetidas a controles e fiscalizações ainda mais rigorosos do que os exigidos das drogarias. Segundo ele, “não se sustenta a discriminação sob o argumento de proteção à saúde”.
O desembargador também apontou uma incoerência na lógica da regulação, lembrando que a própria Anvisa permite que pessoas físicas importem insumos de cannabis sem que haja qualquer controle de qualidade vernáculo.
Com a decisão, a farmácia Nitratus poderá manter suas atividades com produtos de cannabis sem o risco de tolerar penalidades da Vigilância Sanitária lugar, marcando um precedente relevante no debate sobre a regulamentação da cannabis medicinal no Brasil.
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