Canabidiol, Cannabis Medicinal, CBD

A cannabis tem uma confraria, que nasceu nos Açores | Saúde

A cannabis tem uma confraria, que nasceu nos Açores | Saúde

No festival Património Enogastronómico Cultura e Tradição, que decorreu entre 9 e 11 de Maio em Montalegre, um dos stands que despertava mais curiosidade era o da Confraria da Cannabis, onde a entusiástica Perdão Castanho, fundadora daquela, se desdobrava em explicações sobre o potencial da vegetal do cânhamo e da cannabis para inúmeras utilizações, desde os tecidos (a bandeira da confraria que ali estava pendurada era prova disso mesmo) até aos materiais de construção, bioplásticos, biocombustível e aos usos medicinais (com o canabidiol, ou CBD, o óleo retirado da vegetal, sem ingredientes psicoactivos).

“Promovemos eventos desde 2019. Em 2021 começámos a realizar a CannaAzores, que é um fórum transatlântico do cânhamo e cannabis”, conta a professora açoriana. Nesta sexta-feira e sábado, 16 e 17 de Maio, decorre a III CannaPortugal, no Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa. “Temos de fazer divulgação, porque leste tema continua a ser um tabu, apesar de estarmos a falar do cânhamo, uma vegetal da família da cannabis mas com baixíssimos níveis de THC, que é a substância psicoactiva. O tema ainda está envolvido em muito preconceito, mas há um movimento mundial de resgate desta vegetal, que sempre conviveu com a Humanidade.”

“Há um movimento mundial de resgate desta vegetal”, repete Perdão Castanho que lembra, por exemplo, o papel que o cânhamo teve no pretérito em Portugal, tendo sido muito importante, entre outras coisas, para o fabrico das cordas usadas nos navios na estação dos Descobrimentos. E, presentemente, essa relação voltou a consolidar-se — Portugal é hoje o segundo maior exportador de cannabis medicinal do mundo, segundo dados do Infarmed.

O programa do evento no ISA inclui uma mesa redonda sobre o papel das políticas públicas para a “legalização e globalização da cannabis no mundo”, com representantes de vários países, do Equador à Tailândia, à “medicina canábica veterinária”, passando pelo “poder curativo dos canabinóides, das crianças aos seniores”, e terminando com um “jantar canábico” organizado por Sofia Fernandes da CannaBites. No segundo dia vai-se falar do cânhamo industrial e haverá vários workshops e um “desfile de tendência canábica”.



Produção de cannabis em Portugal
Nuno Ferreira Santos

De revinda a Montalegre, num stand ao lado da Confraria da Cannabis, estava outro representante dos Açores mas com uma proposta dissemelhante: queijadas e biscoitos, alguns dos quais feitos com Chá Gorreana (também presente no evento), de um projecto nascido recentemente, o Terras do Chá, situado na Lombinha da Maia, na ilhéu de São Miguel.

É aí, explica Daniel Pacheco, convidando-nos a provar um biscoito, que se instalou a Incubadora Cultural Terras do Chá, ocupando a antiga escola primária, um prédio do Estado Novo, onde podemos agora visitar uma antiga mercearia sítio, ali recriada, e provar os doces feitos a partir de receitas recolhidas junto das senhoras da região no Laboratório de Salvaguarda da Gastronomia Tradicional.

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