Pretinho, o pinguim que renasceu com amor, acupuntura e cannabis medicinal. Veja o vídeo

Pretinho, o pinguim que renasceu com amor, acupuntura e cannabis medicinal. Veja o vídeo

Hoje vamos descrever a história de Pretinho, um réplica juvenil de pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) que vem passando, desde setembro de 2024, por um processo de recuperação inovador e sensível no Núcleo de Reparação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz, em Araruama (RJ). 

A missão de Pretinho, porquê foi carinhosamente chamado, é daquelas que tocam fundo o coração e renovam a esperança sobre o papel da ciência aliada ao desvelo integral com os animais. 

Ele chegou ao meio de reparação no final da temporada de encalhes do ano pretérito, mais precisamente em Arraial do Cabo, e resgatado pela equipe de campo do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES). 

Estava debilitado, desidratado, aquém do peso e carregando nos olhos o peso da exaustão. Era só mais um entre tantos jovens pinguins que, vindos da Patagônia, tentam vencer as correntes e os desafios humanos em procura de manjar em águas mais quentes. Mas Pretinho não era só mais um.

Dra. Daphne amparando Pretinho quando chegou debilitado. (Foto: Divulgação/Instituto Albatroz)

A Dra. Daphne Wrobel Goldberg, médica veterinária, rabino em clínica e reprodução bicho e doutora em Biociências, foi quem cuidou pessoalmente desse pequeno guerreiro. Segundo ela, Pretinho chegou em estado crítico, com sinais evidentes da chamada “síndrome do pinguim encalhado”. “Ele estava caquético, com menos de dois quilos, quando deveria ter entre quatro e cinco. Muito parasitado, com pneumonia e extremamente desidratado”, relata.

Com dedicação, ele passou por fluidoterapia, alimento líquida e depois pastosa, até debutar a se reerguer, literalmente. Foi nesse momento que a equipe percebeu uma modificação em sua postura, uma ondulação na região lombar que indicava alguma coisa mais sério. A partir daí, iniciou-se uma jornada intensa de investigação: radiografias, tomografia sob anestesia e, enfim, o diagnóstico de discospondilite com osteólise severa, um quadro bacteriano que provocou perda óssea, mas felizmente, sem atingir a medula espinhal.

Era um caso multíplice, com dor crônica e limitação de movimentos. “A partir de logo, entendemos que só a alopatia não seria suficiente. Precisávamos olhar o Pretinho porquê um todo”, descreve a médica. 
E foi logo que entrou em cena um novo capítulo: as terapias integrativas.

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As terapias integrativas salvaram Pretinho e hoje ele vive normalmente entre os pares. (Foto: Divulgação/Instituto Albatroz)

Laser, acupuntura, eletroacupuntura, moxabustão, terapia neural… e o uso controlado do óleo de cannabis, com THC e CBD, fizeram toda a diferença. “Nosso objetivo era sossegar a dor sem sobrecarregar órgãos porquê fígado e rins com medicamentos de uso prolongado”, explica.

O ajuste da dosagem foi frágil. “Fomos testando pinga por pinga, observando o comportamento dele. Com quatro gotas, ele ficou um pouco letárgico. Hoje ele segue com duas gotas de THC e duas de CBD e está ótimo”, explica.

A resposta foi surpreendente: Pretinho passou a se movimentar melhor, interagir mais e, principalmente, provar alegria. Sim, alegria. Porque Pretinho vive!

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 Pretinho durante sessão de eletroacupuntura. (Foto: Divulgação/Instituto Albatroz)

Hoje, ele passa os dias na piscina com outros pinguins, importante para a reparação emocional e física, já que são animais gregários. Ainda anda de forma peculiar, porquê se estivesse nas pontas dos pés, devido à devastação em secção da pilar e do acetábulo, mas zero que o impeça de nadar com leveza e recrear com os companheiros de tanque.

À noite, dorme em cima de seixos rolados, porquê os demais, mas com um desvelo extra: uma tela para que não machuque os pezinhos nem a quilha. A equipe garante conforto e proteção, em todos os detalhes.

Há, no entanto, um duelo ainda não superado: Pretinho não consegue acessar sua glândula uropígea, responsável por impermeabilizar suas penas. Por isso, sua soltura na natureza não é verosímil, ao menos por enquanto. “A gente faz a impermeabilização manual, espalhando a secreção dessa glândula nas penas dele. Não é perfeito, mas tem permitido que ele fique o dia todo na chuva com os outros”, explica a veterinária.

Rotina e cuidados integrativos

A rotina dele é respeitada com sensibilidade. Nas sessões de acupuntura e laser, a sala é colocada em penumbra, o envolvente é geladinho e as músicas da Enya tocam baixinho. “A gente evita falar, para não estressar os pinguins. Tudo é feito com muito reverência”, diz Daphne.

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Atualmente, o pinguim se socializa muito com os demais e vive tranquilamente com pundonor. (Foto: Divulgação/Instituto Albatroz)

Pretinho hoje come muito, interage, corre detrás dos outros pinguins, se mostra feliz. E se está vivo, é porque sua qualidade de vida é digna. Caso contrário, a equipe já teria considerado a eutanásia. “Não estamos cá para manter um bicho vivo só porque queremos. Estamos cá para que ele tenha vida com pundonor. E ele tem”, considera.

Esse caso se tornou emblemático para a medicina veterinária, principalmente no universo da reparação de animais silvestres com espeque de terapias integrativas. “É um exemplo evidente de porquê o olhar holístico pode transformar vidas. Não se trata só de medicar uma infecção, mas de restituir ao bicho o prazer de viver”, diz.

Ela faz questão de referir o espeque do colega veterinário Joshua Polanco, profissional em terapias integrativas. “Ele tem nos ajudado muito, com o Pretinho e com outros animais. Traz paixão, técnica e um olhar ampliado que mudou a forma porquê atuamos”, enaltece.

Pretinho é, portanto, mais do que um pinguim salvo. Ele é símbolo de uma novidade era no desvelo com a fauna, onde a ciência encontra a condolência, e onde a cannabis medicinal, com responsabilidade, ajuda a restituir a vida em seu estado mais pleno.

Veja o vídeo: 

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