O Governo de Goiás ampliou temporariamente a filete etária para vacinação contra o HPV. A partir de abril, adolescentes de 15 a 19 anos poderão receber a imunização gratuita nas unidades de saúde do estado. A medida, válida até 30 de junho, procura inferir aqueles que não foram vacinados entre 9 e 14 anos, filete etária originalmente recomendada pelo Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir os riscos de cancro associados ao Papilomavírus Humano, uma vez que os de pescoço do útero, pênis, boca e ânus.
A secretária de Saúde enfatiza que a vacinação é fundamental para a prevenção do cancro do pescoço do útero, que registra centenas de mortes anuais em Goiás. Dados da Coordenação de Oncologia da SES mostram que, em 2022, houve 868 casos e 238 óbitos, número que subiu para 935 casos e 249 mortes em 2023. Em 2024, foram contabilizados 595 casos e 242 óbitos. Segundo o Instituto Pátrio de Cancro (INCA), o HPV é responsável por 99% dos casos desse tipo de cancro.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES, Cristina Laval, reforça a influência da vacina, disponível gratuitamente pelo SUS. Desde 2023, o esquema vacinal passou a ser de ração única, facilitando a adesão e garantindo subida eficiência na proteção contra o vírus. A SES incentiva os municípios a adotarem estratégias para ampliar a cobertura vacinal, uma vez que vacinação em escolas, horários alternativos e procura ativa de não vacinados.
Priscílla Luciana Barbosa Ribeiro, enfermeira técnico em Estratégia de Saúde da Família e Saúde Pública, destaca que um dos principais desafios da vacinação contra o HPV ainda é a desinformação. “Desde que a vacina foi incluída no Programa Pátrio de Imunização, em 2014, enfrentamos resistência devido a mitos que prejudicam a cobertura vacinal desejada. Muitas pessoas ainda acreditam que a vacina incentiva o início da vida sexual, o que não é verdade. O objetivo é proteger a população antes da exposição ao vírus, garantindo uma resposta imunológica mais eficiente”, explica.
A técnico ressalta a influência da conscientização familiar e de ações educativas em escolas para ampliar a adesão. “As escolas são aliadas fundamentais, pois podem exigir a conferência do cartão de vacinação na matrícula e substanciar a influência da imunização. Ou por outra, campanhas nas redes sociais e o uso de influenciadores digitais são estratégias eficazes para inferir adolescentes e jovens”, acrescenta.
A vacina quadrivalente disponível no SUS protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. “Os subtipos 16 e 18 são altamente oncogênicos, responsáveis pela maioria dos casos de cancro de pescoço do útero e pênis. Já os subtipos 6 e 11 causam verrugas genitais e outras lesões”, detalha Priscílla Ribeiro. A técnico também destaca a premência de prometer o provisão das unidades de saúde para evitar frustrações e orfandade da vacinação.
Entre os mitos mais comuns, ela cita a crença de que a vacina pretexto infertilidade, o que não tem comprovação científica. Outro equívoco é encontrar que somente meninas precisam ser vacinadas. “Meninos também devem se imunizar, pois o HPV está associado a vários tipos de cancro e pode ser transmitido por contato direto com a pele ou mucosas infectadas, além de relações sexuais desprotegidas”, esclarece.
A SES reforça que a vacina é segura e eficiente, e que os efeitos colaterais, quando ocorrem, são leves e temporários, uma vez que dor no lugar da emprego e febre baixa. A campanha segue até 30 de junho e, para se vacinar, basta comparecer a uma unidade de saúde com documento de identidade e a caderneta de vacinação.
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