Embrapa debate cultivo de cânhamo e desafios da cannabis medicinal no Brasil
No 29º incidente do podcast Diva Cast, recebemos Beatriz M. Emygdio, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e presidente do Comitê Permanente da Cannabis da Embrapa. Também recebemos Marcelo Grecco, cofundador da The Green Hub. Neste incidente, os convidados discutiram a atuação da Embrapa e o repto regulatório no mercado de cannabis no Brasil.
Em 1996, em entrevista ao Quotidiano Popular, Beatriz Emygdio já falava em prol do uso mercantil da maconha e, durante o incidente, ela explica de forma bastante simples a diferença entre o cânhamo e a cannabis. Segundo Emygdio, “são originários da mesma espécie, a diferença está no texto de THC. Material que tem até 0,3% de THC é considerado cânhamo, enquanto aquele que tem porcentagem maior é considerado maconha. Isso se dá pelo potencial estupefaciente”.
Cultivo de cânhamo
O cânhamo oferece mais de 25 milénio possibilidades de emprego na indústria. Com toda a sua versatilidade, pode ser empregado na construção social, na indústria têxtil, na produção de papel e celulose, na indústria de cosméticos, na produção de biocombustíveis, entre tantas outras aplicações.
O cultivo do cânhamo industrial no país é tema relevante e vem sendo discutido cada dia mais. De conciliação com a pesquisadora da Embrapa, existem boas condições de solo e clima para que o cultivo aconteça. Entretanto, são necessários cultivares adaptáveis às diferentes regiões brasileiras, tendo em vista que o cânhamo é suscetível à questão do fotoperíodo.
Neste cenário de cultivo e desenvolvimento agrícola, Grecco traz, no incidente, sua visão do cenário ideal: “Seria o governo estribar a pesquisa e o desenvolvimento agrícola junto ao desenvolvimento de mercado, conseguindo tirar da Portaria 344 da Anvisa alguns pontos…”, explica.
Assista ao incidente completo:
Cultivo de cannabis medicinal
O cultivo da cannabis medicinal também foi discutido. Emygdio diz ver com bons olhos a exploração por pequenos agricultores, cooperativas e associações: “A cannabis, sobretudo a medicinal, tem a particularidade de ser uma cultura que tem um potencial de reunião de valor por espaço muito grande, ou seja, em três ou quatro hectares consegue-se ter uma produção que atenda a 50 milénio pacientes”.
Quando perguntada sobre o protótipo ideal de plantio no Brasil, a pesquisadora explica que é aquele que permite liberdade para que todos os elos da enxovia possam atuar nas suas respectivas áreas. Emygdio afirma: “É simples, é uma vez que acontece em todas as outras culturas”.
Se você deseja saber mais sobre os dados do cânhamo e questões relacionadas à regulamentação, não pode deixar de testemunhar ao incidente completo, disponível no YouTube e Spotify.
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