duas culturas, muitos impactos e um futuro sustentável

Se você ainda não se ligou no cânhamo, chegou a hora de prestar atenção! Essa vegetal, que é uma variação da cannabis, é uma verdadeira mina de ouro verdejante. E o melhor de tudo: sua versatilidade é um espetáculo! Desde o talo até as flores, cada pedacinho da vegetal tem uma utilidade, tornando o cânhamo uma das matérias-primas mais sustentáveis do planeta. E você sabia que dá para fazer desde roupas, calçados e até mantimentos com ele? Pois é, o potencial é enorme, mas, cá no Brasil, o cânhamo ainda não foi totalmente legalizado para produção.
Recentemente, uma decisão histórica do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a União e a Escritório Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentem o cânhamo industrial, com foco em sua utilização para fins medicinais, farmacêuticos e industriais. Essa regulamentação vai permitir o cultivo da Cannabis sativa com texto de THC subordinado a 0,3%, e, quem sabe, colocar o Brasil na rota de grandes produtores dessa cultura.

Em entrevista exclusiva ao Sechat, José Martins, engenheiro agrônomo e diretor técnico da FAI Therapeutics, nos contou um pouco sobre as vantagens de cultivar cânhamo em solo brasiliano. Ele também comparou o cânhamo com o eucalipto, que já é um grande nome na cultura pátrio.
Para Martins, o cânhamo tem tudo a ver com o Brasil. Ele afirmou que o cânhamo prefere solos mais planos, com pH entre 7,0 e 7,6, e pode ser cultivado em áreas mais interiores do país. Já o eucalipto, que se adapta a solos mais inclinados, tem uma tira de pH mais ampla e é mais exigente em termos de drenagem. “Enquanto o cânhamo é cultivado em rotação com outras culturas, o que beneficia a biodiversidade, o eucalipto, que é mais intenso, pode ter maior impacto ambiental”, explica.
Mas e a rentabilidade? O cânhamo, com seu ciclo de cultivo de seis meses, pode gerar retorno mais rápido do que o eucalipto, que só realiza o primeiro golpe aos 12 anos, conforme dados de países europeus. “A rotação de culturas e o uso diversificado do cânhamo aumentam a rentabilidade”, pontua o técnico.
O cânhamo não só é uma boa pedida para quem pensa em sustentabilidade, uma vez que também traz uma gama de possibilidades industriais. Com mais de 50.000 aplicações possíveis, ele vai de fibras para tecidos até bioplásticos e medicamentos. Para Martins, em algumas situações, o cânhamo pode até substituir o eucalipto – “no papel tecnológico, por exemplo, o cânhamo leva a melhor”, revela.
Mas a real revolução que o cânhamo promete só vai sobrevir com a legalização. O cultivo ainda enfrenta grandes barreiras no Brasil, mas a regulamentação correta vai transfixar portas para uma prisão produtiva gigantesca. “O cânhamo vai variar a cultura, gerar empregos e trazer desenvolvimento econômico, principalmente em áreas rurais”, completa Martins.
Sobre o impacto ambiental, o técnico revela que, enquanto o eucalipto conquista de 8 a 10 toneladas de carbono por hectare, o cânhamo pode chegar a 14 toneladas no mesmo espaço e tempo. “Em áreas degradadas, o cânhamo tem uma grande capacidade de absorvência de metais pesados, e já foi usado, inclusive, para descontaminar solos em Chernobyl”, destaca.
Cânhamo versus Eucalipto: uma guerra de gigantes
A conferência entre o cânhamo e o eucalipto revela um leque de vantagens para o cânhamo, principalmente no que diz reverência à sustentabilidade e versatilidade.
Enquanto o eucalipto é a estrela do papel e da celulose, o cânhamo é um coringa. Cá vai um resumo do que cada um pode oferecer:
- Fibras e tecidos: o cânhamo oferece fibras resistentes e biodegradáveis, melhores para tecidos de subida qualidade. O eucalipto, com suas fibras mais curtas, é mais indicado para papel geral.
- Bioplásticos: o cânhamo sai na frente, oferecendo bioplásticos biodegradáveis para diversos setores. Já o eucalipto ainda está engatinhando nesse mercado.
- Robustez: o cânhamo pode ser usado para biocombustíveis com impacto ambiental menor e o eucalipto, apesar de ser bom para biomassa, consome muita chuva.
- Construção social: o cânhamo dá show com o Hempcrete, material sustentável e isolante. Já o eucalipto domina as madeiras de construção.
- Mantimentos e medicamentos: enquanto o cânhamo é nascente de proteínas, óleos e até suplementos terapêuticos, o eucalipto é mais usado em tratamentos respiratórios e aromaterapia.

“A regulamentação do cânhamo industrial no Brasil representa uma oportunidade significativa para variar a cultura, promover a sustentabilidade ambiental e impulsionar a economia, principalmente em áreas rurais. Com o desenvolvimento de uma prisão produtiva robusta e a superação dos desafios legais, o cânhamo pode se tornar uma cultura estratégica para o país”, finaliza Martins.
Se a regulamentação sobrevir, o Brasil pode aproveitar o ensejo e se tornar um grande protagonista no cenário global. O que falta agora? Superar os obstáculos legais e investir em uma prisão produtiva robusta para fazer o cânhamo decolar. Aguardemos os próximos capítulos.
Agro & Tech Cannabis
O Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal (CBCM) de 2025 vai contar com um novo módulo focado no setor agrícola e tecnológico: o “Agro & Tech Cannabis”. Em parceria com a Embrapa, o evento organizado pela Sechat promete explorar o vasto potencial do cultivo do cânhamo e suas aplicações, ampliando a discussão sobre a viabilidade de sua produção no Brasil. Levante módulo visa aproximar os principais atores do mercado canábico e do agronegócio, destacando inovações tecnológicas que podem transformar a prisão produtiva de cânhamo no país.
Durante o congresso, especialistas de diversas áreas compartilharão seus conhecimentos sobre as melhores práticas agrícolas, processos de industrialização e os avanços em pesquisas científicas relacionadas ao cânhamo. O objetivo é sobresair o papel estratégico dessa vegetal para a economia, com foco nas possibilidades de cultivo sustentável, na geração de novos mercados e no impacto ambiental positivo que o cultivo de cânhamo pode promover.
Além de discutir o uso medicinal da cannabis, o CBCM 2025 se tornará um espaço vital para o debate sobre o desenvolvimento econômico e tecnológico do setor. A colaboração entre a Embrapa e a organização do evento é um passo importante para fortalecer a cultura de cânhamo no Brasil, promovendo um protótipo mais eficiente e sustentável para a produção de derivados de cannabis. [CLIQUE AQUI E GARANTA SUA VAGA]
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