Portugal tem se evidenciado no mercado europeu, tanto no que diz saudação à cannabis plantada para uso medicinal quanto em relação ao cânhamo, que tem uso industrial. Atualmente, o país detém a maior extensão de terras europeias dedicadas ao cultivo da vegetal e o maior mercado exportador do continente.
Em 2024, os portugueses exportaram muro de 25 toneladas de cannabis. Lá, o cultivo de cânhamo para fins industriais foi legalizado em agosto de 2020. Eles já têm mais 80 empresas trabalhando com o cânhamo para fins industriais, cultivado em rotação com trigo e milho, por exemplo, e em torno de 60 empresas com autorização para o plantio da cannabis medicinal.
A maior delas é a Fai Therapeutics, da qual faz segmento a Agrovete, onde José Martins trabalha porquê diretor técnico. Ele cuida de muro de 5,5 hectares de cultivo de cannabis para uso terapêutico e mais de 300 hectares de cânhamo industrial entre Portugal e Espanha.
Para entender melhor porquê o cânhamo e a cannabis medicinal têm se enraizado definitivamente no solo português, conversamos com o José:
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1) José, eu vi na matéria da Agence France-Presse (AFP) o seu testemunho dizendo que, em toda a Europa, Portugal talvez tenha as melhores condições ambientais para o plantio de cannabis. Quais características do solo e do clima portugueses contribuem para isso?
José: Em Portugal temos condições muito favoráveis. Na Europa, somos o país com mais horas de luz solar, um fator necessário para o incremento das vegetação. Coligado a isso, temos temperaturas altas que nos permitem semear mais cedo e prolongar as vegetação por mais tempo, tornando-as mais produtivas. Essas altas temperaturas e a baixa precipitação de chuva durante o verão levam a que seja muito baixa a incidência de doenças nas vegetação. Os solos são de boa estrutura, muito drenados, embora a material orgânica seja baixa. Todo o processo produtivo pode ser feito em modo biológico, preservando o meio envolvente e obtendo uma qualidade superior nos produtos finais.
2) Cá no Brasil, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) mapeou a aptidão brasileira para o cultivo de cannabis. O mapeamento, chamado Potencial brasiliano para o cultivo de Cannabis sativa para uso medicinal e industrial, revelou que no Brasil 80% das terras cultiváveis são aptas para a produção da cannabis industrial. Vocês têm mapeamento desses em Portugal? Caso sim, que informações você destacaria?
José: De setentrião a sul, temos sim. Cá, as fábricas não podem ter uma intervalo maior de 200 km da plantação, porque a rentabilidade baixa, os galhos se perdem. Também destacaria que é muito importante honrar o cânhamo industrial da cannabis medicinal, são culturas que precisam ser feitas de forma dissemelhante e com finalidades diferentes.
3) Para plantar cannabis em larga graduação, é mais vantajoso o plantio com agrofloresta, com agroecologia ou com monocultura? Por quê?
José: Em larga graduação, só é provável plantar o cânhamo. A cannabis medicinal, não, por motivo dos custos com segurança, que são muito altos.
A cultura em rotação é a melhor, não a monocultura. É provável plantar em “modo biológico”, porquê se diz na Europa (agroecológico, por exemplo, no Brasil), porque é uma vegetal que tem baixas pragas e doenças, por ser uma cultura mais rara. Caso contrário, teria que ser em modo convencional, usando fungicidas naturais.
Já temos 6 medicamentos à base de cannabis na Europa. E temos 2 projetos, o medicinal, que vimos na material da AFP, e o cânhamo industrial, para tijolos de construção. O tijolo de cânhamo é fácil de mexer porque é um tijolo ligeiro, se comparado com o convencional. Ele permite que a mansão respire, controlando perfeitamente a temperatura interna, e não pega queimação. Ele ainda troca o ar, de dentro para fora e de fora para dentro.
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4) Vi que você participou do 1º Congresso Ibérico de Cânhamo. Porquê foi? Quais informações sobre o tema que circularam por lá ou que você mesmo expôs você destacaria?
José: E também participei do 1º Congresso Mundial de Cânhamo, na França. Foi muito interessante! Toda a indústria, desde o cultor até o cliente final, tem bastante interesse nessa cultura. Existe subida atratividade nesses congressos, os fóruns estão sempre lotados, muito cheios, recheados de projetos em áreas distintas do cânhamo, que vão desde o uso do cânhamo para fazer papel até usos tecnológicos, têxteis, na confecção de sapatos, na construção, enfim, a indústria toda está com interesse no cânhamo.
O melhor é aproveitar a cultura no seu todo. Quem quer ligamento longa normalmente só pensa em fazer cultura para fibras longas, quem quer para curta só pensa em cultura para curtas, assim porquê para sementes. Mas tentamos apinhar tudo isso, enviar as fibras longas para a indústria têxtil e de automóveis, as curtas, para papel e construção social, depois as sementes, o pó para nutrição. Em Portugal dizemos “do porco, nós aproveitamos tudo”: o cânhamo é o porco.
Podemos aproveitar todos os subprodutos para outras coisas, dando maior valor econômico para o resultado e melhores salários para os trabalhadores das fazendas, dando melhores condições de vida para eles.
5) É verdade que o plantio de cânhamo pode beneficiar o solo e o clima? Porquê o cânhamo industrial pode ajudar a combater os problemas ecológicos da atualidade?
José: O cânhamo é uma vegetal com particularidades que nenhuma outra vegetal tem, porquê a capacidade de chupar metais pesados do solo porquê nenhuma outra. Podemos usá-lo para descontaminar solos, uma vantagem ambiental tremenda.
Ele faz captação de CO2. Não existe nenhuma outra vegetal no mundo com tamanhas capacidades. São onze a catorze toneladas de carbono captadas por ano por hectare (10 milénio m²), é porquê uma floresta de eucalipto por vinte anos. Isso é necessário, porque queremos subtrair os níveis de CO2. Eu acredito que, nos próximos quadros econômicos, as culturas vão ser pagas por sequestro de CO2, e o cânhamo faz isso.
Além do mais, ele é uma vegetal que não necessita de grande quantidade de fertilizantes e produz quase sem produtos químicos, sem fungicidas, o que permite fazer uma cultura amiga do meio envolvente.
6) Você comentou sobre a baixa incidência de doenças nas vegetação. Cá no Brasil, a Universidade Federalista de Lavras (UFLA) está pesquisando a incidência de ácaros e insetos em plantações de cannabis. Que “pragas” aparecem mais nas plantações de cannabis em Portugal? Porquê vocês fazem o manejo delas?
José: O que mais nos motivo prejuízo na cannabis medicinal é uma lagarta. Ela aparece na profundidade da floração e motivo grandes prejuízos na quantidade e na qualidade das flores. Tratamos isso de modo preventivo, com bacillus thuringiensis. Com umidade, também surge a botrytis (podridão), tratada com produtos biológicos, porquê óleo de laranja. No Brasil, se fosse quimicamente, seria mais fácil, mas na Europa temos sido obrigados a deixar os químicos.
7) Por termo, você gostaria de fazer considerações finais?
José: A cultura do cânhamo industrial está num ritmo grande, porque foi proibida por muito tempo. Há questões de pesquisa fundamentais para desenvolver agora para trazer crédito para o processo, todo dia se descobrem novas utilidades para o cânhamo. Sobre a cannabis medicinal, temos vários estudos na Europa para tratamento de cancro e doenças muito complicadas com resultados muito positivos. É uma cultura do pretérito, por ter milhares de anos, mas com um porvir inacreditável.
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